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Inflação sob controle?

O IBGE divulga hoje os dados de agosto do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial do país. A expectativa é que ela desacelere em relação ao mês de julho, quando ficou em 0,52%. De acordo com projeções da equipe de macroeconomia da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, […]

(Marcelo Sayão/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 07h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h39.

O IBGE divulga hoje os dados de agosto do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial do país. A expectativa é que ela desacelere em relação ao mês de julho, quando ficou em 0,52%. De acordo com projeções da equipe de macroeconomia da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima, em agosto o índice deve ser de 0,43%. O valor anualizado deve ficar em 8,62%.

Embora exista uma clara tendência de queda, a inflação ainda está longe, muito longe da meta de 4,5%. No ano passado, fechou em 10,67% e o boletim Focus divulgado na semana passada colocou a expectativa do mercado para um valor de 7,34% em 2016, acima do que havia sido projetado pelo próprio mercado nos meses anteriores.

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O problema é que essa dificuldade em trazer a inflação para a meta inviabiliza que o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduza a taxa de juros Selic, hoje em 14,25, a maior em 10 anos. Na última reunião, realizada em fim de agosto, os integrantes do Copom se mostraram “satisfeitos” com os números para 2016, mesmo que a desinflação esteja abaixo da velocidade esperada, mas viam com “preocupação” as expectativas do mercado para 2017. As mais recentes previsões de analistas é de uma inflação de 5,14% em 2017, ainda acima da meta. O próprio BC prevê que o IPCA só atingirá a meta com juros a 14,25%.

Na mesma ata, o Copom deixou claras as condições para a esperada queda da Selic: inflação no controle, principalmente em produtos mais sensíveis à queda nos juros, e que o ajuste fiscal seja implementado. Os números de hoje devem mostrar que estamos no caminho certo, mas que ainda há muito trabalho pela frente.

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