Economia

Boletim Focus reduz pela 19ª vez previsão para o PIB de 2019

Expectativa de alta para o Produto Interno Bruto em 2019 passou de 0,85% para 0,82% nesta segunda-feira

Focus: a projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,91% (//Getty Images)

Focus: a projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,91% (//Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de julho de 2019 às 09h35.

Última atualização em 8 de julho de 2019 às 10h04.

A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou de 0,85% para 0,82%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 8, pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 1 00%. Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do PIB em 2,20%. Quatro semanas atrás, estava em 2,23%.

No fim de junho, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 2,00% para elevação de 0,80%.

No Focus agora divulgado, a projeção para a alta da produção industrial de 2019 foi de 0,71% para 0,70%. Há um mês, estava em 0,47%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,00%, igual a quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 passou de 56,19% para 56,10%. Há um mês, estava em 56,23%. Para 2020, a expectativa foi de 58,55% para 58,30%, ante 58,60% de um mês atrás.

Inflação

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2019 e 2020. Relatório mostra que a mediana para indicador este ano seguiu em alta de 3,80%. Há um mês, estava em 3,89%. A projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,91%. Quatro semanas atrás, estava em 4%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2 25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

Câmbio

O relatório de mercado Focus mostra manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 3,80, valor igual ao visto um mês atrás. Já para o próximo ano, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 3,80, número também igual ao verificado quatro pesquisas atrás.

Preços administrados

O relatório do BC indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 5,10% para elevação de 5,00%. Para 2020, a mediana passou de alta de 4,43% para elevação de 4,40%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,20% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4 46% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,9% em 2019 e 4,6% em 2020.

Outros índices

O Focus também mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de alta de 6,53% para elevação de 6,59%. Há um mês, estava em 5,92%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,14% para elevação de 4,10%, ante 4,09% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

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