Economia

Inflação na pesquisa Focus dispara para 7,77%

Houve mudanças para pior em quase todos os indicadores da pesquisa


	Banco Central: é no curto prazo que os preços mostram mais descontrole
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Banco Central: é no curto prazo que os preços mostram mais descontrole (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 09h06.

Brasília - Depois de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro ter ficado bastante alto e o de fevereiro, acima das expectativas, analistas do mercado financeiro tiveram de rever suas projeções para a inflação.

Houve mudanças para pior - muitas delas, fortes - em quase todos os indicadores no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central, principalmente para os de prazo menor. A mediana das previsões para o IPCA de 2015 passou de uma alta de 7,47% para 7,77%.

Há um mês, a mediana das estimativas para o indicador estava em 7,15%. Esta é a décima semana consecutiva em que há alta das previsões para o IPCA deste ano.

A expectativa de que o BC não entregará, portanto, a inflação de 2015 sem estourar o teto de 6,50% da meta também pode ser vista no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões.

Para esses profissionais, a mediana para o IPCA deste ano segue acima da banda superior da meta e passou de 7,51% na semana passada para 7,97% agora. Quatro semanas atrás, estava em 7,12%.

Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA foi levemente ampliada de 5,50% para 5,51%.

No Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem foi mantida em 5,45% - um mês antes estava em 5,65%.

O Banco Central trabalha com um cenário de alta para o IPCA nos primeiros meses deste ano, mas conta com um período de declínio mais para frente, levando o indicador a ficar no centro da meta de 4,5% no encerramento de 2016.

Apesar desse prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas.

Tiveram, no entanto, a terceira redução conta-gotas, passando de 6,54% para 6,53% de uma semana para outra, ante 6,56% de um mês antes.

É no curto prazo que os preços mostram mais descontrole. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e de 1,22% em fevereiro, a projeção para a taxa em março também está acima de 1% agora.

De acordo com o boletim Focus, a mediana das estimativas passou de 0,95% para 1,14% - um mês antes, estava em 0,65%.

Algum refresco para a inflação mensal é aguardado apenas para abril, quando o índice deve ter alta de 0,58%.

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