Inflação dos EUA desacelera e vai a 8,5% ao ano
Inflação não variou em julho e acumulado anual caiu de 9,1% em junho para 8,5%
Carolina Riveira
Publicado em 10 de agosto de 2022 às 09h42.
Última atualização em 10 de agosto de 2022 às 10h10.
A inflação dos Estados Unidos fechou o mês de julho inalterada, segundo os resultados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) divulgados nesta quarta-feira, 10, pelo governo norte-americano. Em junho, a inflação havia sido de 1,3%.
No acumulado em 12 meses, a inflação dos EUA ficou em 8,5%, desacelerando frente aos 9,1% em junho.
O número veio levemente abaixo do consenso do mercado, que apostava em variação mensal de 0,2% e anual de 8,7%.
O resultado anual, ainda assim, segue no patamar mais alto em 40 anos, desde o período da "Grande Inflação" nos anos 1980.
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A desaceleração foi puxada pela queda no preço dos combustíveis, em meio à redução da cotação do barril de petróleo no mercado internacional. O barril caiu para baixo de US$ 100 nas últimas semanas, em seu menor preço desde o início da guerra, ajudando a reduzir os preços de combustíveis ao consumidor na bomba - tanto nos EUA como no Brasil.
A gasolina caiu 7,7% no CPI em julho e a energia caiu 4,6%, ajudando a encobrir os aumentos em alimentos e moradia. A alimentação teve alta de 1,1% no mês, e a frente de moradia, 1,3%.
A expectativa é que a inflação americana possa ter chegado a seu pico no mês passado e continue a desacelerar, o que terá de ser confirmado nos próximos períodos.
As altas de preço têm afetado a popularidade do presidente americano, Joe Biden, e do Partido Democrata, às vésperas de eleições legislativas de meio de mandato (as chamadas midterms) marcadas para este ano. Segundo as pesquisas, os democratas devem perder sua atual maioria na Câmara e no Senado.