Economia

Inflação é o principal inibidor do consumo em dezembro

A inflação mais alta é a principal causa da queda de 6,1%, no consumo de bens, serviços e turismo, prevista para dezembro deste ano, em comparação a 2012


	Consumo: segundo economista, além da inflação, o aumento dos juros e o fim de medidas de estímulo ao consumo desestimulam as compras nesse Natal
 (Divulgação/Divulgação)

Consumo: segundo economista, além da inflação, o aumento dos juros e o fim de medidas de estímulo ao consumo desestimulam as compras nesse Natal (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 13h38.

Rio de Janeiro- A inflação mais alta é a principal causa da queda de 6,1%, no consumo de bens, serviços e turismo, prevista para dezembro deste ano, em comparação ao mesmo mês do ano passado, disse o economista da CNC, Bruno Fernandes.

O economista é o responsável pela área da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC, que calcula o índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF).

Segundo ele, além da inflação, o aumento dos juros e o fim de medidas de estímulo ao consumo desestimulam as compras nesse Natal.

De acordo com o economista da CNC, a inflação “não está tão forte como no primeiro semestre”, mas o patamar de preços é maior que o de 2012, inibindo os gastos com os presentes de Natal.

Os juros e o dólar mais altos também encareceram bens duráveis que costumam ser adquiridos em compras parceladas, como máquina de lavar, fogões e geladeiras. Esses produtos contavam com isenção de imposto em 2012, o que estimulava as vendas. Este ano, a intenção de compras desses produtos caiu 11,9%, segundo a pesquisa da CNC.

Somente por causa do Natal, o consumo das famílias deve subir 0,9% em dezembro, na comparação com novembro. “Se não fosse esse impacto sazonal, no cenário atual, não teríamos essa alta”, disse o economista. Outro fator que desestimula as compras neste fim de ano, destacou, é a queda da confiança das famílias no emprego, de 6,1%.

Bruno Fernandes explica ainda que, em geral, as vendas do comércio nos últimos anos bateram recordes. Por isso, será mais difícil atingir os patamares de “crescimento chinês” dos anos anteriores, quando o comércio crescia entre 8% a 10% ao ano.

“Com a economia crescendo em torno de 1 a 2% e o comércio crescendo a 4%, vemos que estamos em cenário não tão favorável, mas favorável: as pessoas ainda estão consumindo, vão continuar consumindo, mas não tanto como no ano passado”, esclareceu.

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