Economia

Inflação e mercado de trabalho sustentarão alta dos juros nos EUA

Na quarta-feira, o Fed elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 0,50 e 0,75 por cento

Chair do Fed, Janet Yellen, disse que a alta dos juros foi "um voto de confiança na economia" (Jewel Samad/AFP Photo)

Chair do Fed, Janet Yellen, disse que a alta dos juros foi "um voto de confiança na economia" (Jewel Samad/AFP Photo)

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Reuters

Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 14h46.

Washington - Os preços ao consumidor nos Estados Unidos moderaram em novembro, mas a tendência continuou a apontar para pressões inflacionárias firmes diante do aumento dos aluguéis, o que pode sustentar mais altas da taxa de juros pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, no próximo ano.

As perspectivas de mais aperto da política monetária em 2017 também foram impulsionadas por outros dados nesta quinta-feira, que mostraram um declínio no número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego na semana passada.

A visão é de que o mercado de trabalho está perto do pleno emprego, ou próximo disso.

O Departamento do Trabalho informou que o seu índice de preços ao consumidor subiu 0,2 por cento no mês passado, com desaceleração da alta dos preços da gasolina e com os custos dos alimentos permanecendo baixos.

O resultado na inflação no mês passado ficou em linha com as expectativas de economistas. O chamado núcleo da inflação, que elimina os custos de alimentos e energia, subiu 0,2 por cento após avanço de 0,1 por cento em outubro.

Os aluguéis responderam pela maior parte da alta no núcleo da inflação no mês passado.

Na quarta-feira, o Fed elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 0,50 e 0,75 por cento. A chair do Fed, Janet Yellen, disse que o movimento foi "um voto de confiança na economia".

O Fed prevê três altas de juros em 2017 diante da agenda de política fiscal expansionista do presidente eleito Donald Trump, que busca impulsionar o crescimento através de gatos com infraestrutura e cortes de impostos.

Em um segundo relatório, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 4 mil, para 254 mil em números ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 10 de dezembro.

Essa foi a 93ª semana seguida em que os pedidos ficaram abaixo da marca de 300 mil, nível associado a um mercado de trabalho saudável. Esse é o período mais longo desde 1970, quando o mercado de trabalho era muito menor.

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