Economia

Inflação de produtos típicos do verão fica acima do IPCA

A chamada “inflação de verão”, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ficou em 8,61%


	Água de coco: a chamada “inflação de verão”, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ficou em 8,61%
 (Rajaram R / Stock Xchng)

Água de coco: a chamada “inflação de verão”, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ficou em 8,61% (Rajaram R / Stock Xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 18h28.

Nos últimos 12 meses, os produtos de alto consumo no verão subiram mais do que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que está em 5,59%.

A chamada “inflação de verão”, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), ficou em 8,61%.

O economista responsável pelo levantamento, André Braz, destaca que o maior aumento foi no preço das bebidas, e diz que isso não é efeito apenas do forte calor que tem feito desde o início do ano. Ou seja, não é um aumento sazonal.

“Esses aumentos não aconteceram exclusivamente no verão de 2014, são aumentos que aconteceram do verão passado ao atual. Então, em relação a 2013, bebidas de vários tipos, como chopp, cerveja, refrigerante, água, subiram mais do que a inflação média, até mais de 10% em alguns casos”.

No acumulado de 12 meses, até janeiro de 2014, a erva-mate ficou 67,75% mais cara. No consumo fora de casa, os sucos de fruta subiram 13,83%, cervejas e chopes tiveram 10,92% de aumento, enquanto refrigerantes e água mineral ficaram 9% mais caros.

Para a compra nos supermercados, houve aumento de 16,16% nas polpas de fruta; de 11,69% nas cervejas; e de 9% nos refrigerantes e nas águas. Item fundamental para encarar o sol, o protetor solar ficou 8,48% mais caro.

Por outro lado, o preço de ar-condicionado subiu 3,77% e os ventiladores e circuladores de ar ficaram 2,27% mais caros. De acordo com Braz, a concorrência pode ter segurado os preços.

“É um efeito de mercado. Pode ser que você tenha, dentro desse segmento, concorrência entre modelos; você tem tecnologias diferentes; tem aqueles de janela; os que são externos. Uma mesma marca tem vários modelos, de potências variadas, então essa multiplicidade de marcas e modelos também ajuda a conter um pouco o avanço de preços, mesmo no contexto de maior demanda”.

O serviço de academia de ginástica ficou 6,38% mais caro, hotéis subiram 8% e as passagens aéreas aumentaram 6,75%.

Na onda de dar visibilidade a preços abusivos e a valores justos, o Ministério do Turismo lançou hoje (14) a campanha Jogo Limpo, para estimular viajantes, empresários e veículos de comunicação a compartilhar nas redes sociais da pasta o lema “Turismo a um preço justo”, com textos e fotos de hotéis, companhias aéreas, restaurantes e outros serviços públicos e privados.

Na segunda etapa, o ministério vai lançar uma cartilha com dicas de viagem e contratação de serviços turísticos. Os empresários do setor, que aderirem à campanha, receberão o selo Eu Jogo Limpo.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicosInflaçãoIPCAPreços

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor