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Inflação cai para 0,18% em novembro e 6,99% em 12 meses

Taxa caiu em relação a outubro e é a mais baixa para o mês desde 1998; acumulado em 12 meses já se aproxima do teto da meta

Pesquise (Thinkstock/Antonio_Diaz/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 09h01.

Última atualização em 9 de dezembro de 2016 às 09h39.

São Paulo – A inflação no Brasil foi de 0,18% em novembro, divulgou nessa sexta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa de novembro veio menor do que a de outubro (0,18%) e é a menor para o mês desde 1998, quando houve queda de preços.

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Isso leva o acumulado nos últimos 12 meses para 6,99% – bem menos do que os 7,87% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Ainda assim, segue acima da meta do governo de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%).

No total de 2016 até agora, faltando apenas um mês, a taxa está em 5,97%, bem abaixo dos 9,62% registrados no mesmo período de 2015.

A inflação em queda, convergindo para o centro da meta em 2017, permite ao Banco Central ser mais agressivo no ciclo de corte de juros.

Dos 9 grupos pesquisados, 5 desaceleraram e 4 aceleraram em relação a outubro.

Alimentação e Bebidas, o grupo com maior peso no índice, aprofundou a queda e foi de -0,05% em outubro para -0,20% em novembro.

A maior queda foi nos preços do feijão carioca (-17,52%), seguido pelo tomate (-15,15%) e pela batata inglesa (-8,28%).

Entre os alimentos em alta aparece a cebola (6,09%), a farinha de mandioca (4,26%) e o pescado (3,47%).

Transportes caiu em relação ao mês anterior graças ao reflexo nas bombas de uma redução do preço da gasolina definida em 15 de outubro.

O grupo foi pressionado para cima por um reajuste de 47% nas multas de trânsito e um aumento de 4,71% no preço do etanol - que foi o item individual de maior impacto (0,14 ponto percentual) na inflação final em novembro.

O grupo Artigos de Residência caiu -0,16%, com impacto de baixas no preço de itens eletrodomésticos (-0,92%), assim como aparelhos de TV, som e informática (-0,92%).

As maiores altas foram em Saúde e Cuidados Pessoais (0,57%), pressionado por uma alta de 1,07% nos planos de saúde, e em Despesas Pessoais (0,47%), onde pesou uma alta de 0,87% no item empregado doméstico.

GrupoVariação outubro, em %Variação novembro, em %
Índice Geral0,260,18
Alimentação e Bebidas-0,05-0,20
Habitação0,420,30
Artigos de Residência-0,13-0,16
Vestuário0,450,20
Transportes0,750,28
Saúde e cuidados pessoais0,430,57
Despesas pessoais0,010,47
Educação0,020,06
Comunicação0,070,27
GrupoImpacto outubro, em p.p.Impacto novembro, em p.p.
Índice Geral0,260,18
Alimentação e Bebidas-0,01-0,05
Habitação0,060,05
Artigos de Residência0-0,01
Vestuário0,030,01
Transportes0,130,05
Saúde e cuidados pessoais0,050,07
Despesas pessoais00,05
Educação00
Comunicação00,01
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