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Indústria mais fraca reduziu ganho de serviços

O comércio mais fraco também aprofundou a desaceleração

Indústria: as retrações foram influenciadas por efeito calendário, já que o carnaval incidiu sobre o mês de março neste ano (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 10h48.

Rio - A atividade mais fraca da indústria e do comércio no mês de março determinou a desaceleração da receita dos serviços ligados a transportes, disse, nesta terça-feira, 20, o técnico Roberto Saldanha, da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

Na comparação com março de 2013, os transportes tiveram expansão de 8,0%, depois de crescer 14,7% em fevereiro de 2014 contra igual mês do ano anterior.

"Nós tivemos retração das atividades, tanto industriais como comerciais", observou Saldanha. A produção industrial teve queda de 0,9% em março. No caso do comércio varejista, a queda foi de 0,5% (sempre na comparação com o mês anterior).

As retrações foram influenciadas por efeito calendário, já que o carnaval incidiu sobre o mês de março neste ano.

"Tudo isso impacta o setor de transportes, já que ocorre retração na demanda por matérias-primas e produtos. Menos mercadorias vão circular, tanto como insumo quanto como produto final para o comércio", acrescentou o técnico.

Rodoviário

Segundo Saldanha, o transporte rodoviário é o mais impactado, já que ainda é o modal mais empregado no País para movimentar cargas.

Dessa forma, a receita do transporte terrestre (que inclui rodoviário, ferroviário e dutoviário) cresceu 7,1% em março ante março de 2013. Em fevereiro, a expansão havia sido de 11,8%, na mesma base.

A estiagem também afetou os transportes, já que o menor dinamismo no setor agrícola reduziu a demanda por movimentação de cargas. "O serviço de armazenagem também foi impactado por problemas na agricultura", observou Saldanha.

Ainda devido à falta de chuvas, o técnico do IBGE observou que o segmento de outros serviços, cuja receita cresceu 3,3% em relação a março de 2013, também foi afetado.

"Em outros serviços, temos serviços auxiliares da agricultura. Se tem retração no setor agrícola, eles também", explicou. Em fevereiro, a alta na receita de outros serviços havia sido de 6,5% ante março de 2013.

Exportações

A redução no ritmo de exportações brasileiras também está prejudicando o setor de serviços ligados a transportes, principalmente o modal aquaviário, segundo Saldanha.

Em março, a receita nominal do transporte aquaviário cresceu 8,5% ante março de 2013. Em fevereiro, a expansão havia sido de 23,3% na mesma base.

"Se nós compararmos as exportações do Brasil entre março deste ano e março de 2013, a queda foi de 8,8%. É um menor dinamismo. O Brasil teve uma redução de exportações, principalmente para a Argentina. Isso afetou bastante nosso volume de embarques", disse Saldanha.

Ao todo, o setor de transportes teve crescimento de 8,0% na receita nominal em março ante igual mês de 2013, sem descontar a inflação. Em fevereiro, a alta havia sido de 14,7% no mesmo tipo de comparação.

Ainda segundo o IBGE, a receita nominal da atividade de serviços cresceu 6,8% em março ante março de 2013, a terceira menor taxa de toda a série, iniciada em janeiro de 2012.

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Rio - A atividade mais fraca da indústria e do comércio no mês de março determinou a desaceleração da receita dos serviços ligados a transportes, disse, nesta terça-feira, 20, o técnico Roberto Saldanha, da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

Na comparação com março de 2013, os transportes tiveram expansão de 8,0%, depois de crescer 14,7% em fevereiro de 2014 contra igual mês do ano anterior.

"Nós tivemos retração das atividades, tanto industriais como comerciais", observou Saldanha. A produção industrial teve queda de 0,9% em março. No caso do comércio varejista, a queda foi de 0,5% (sempre na comparação com o mês anterior).

As retrações foram influenciadas por efeito calendário, já que o carnaval incidiu sobre o mês de março neste ano.

"Tudo isso impacta o setor de transportes, já que ocorre retração na demanda por matérias-primas e produtos. Menos mercadorias vão circular, tanto como insumo quanto como produto final para o comércio", acrescentou o técnico.

Rodoviário

Segundo Saldanha, o transporte rodoviário é o mais impactado, já que ainda é o modal mais empregado no País para movimentar cargas.

Dessa forma, a receita do transporte terrestre (que inclui rodoviário, ferroviário e dutoviário) cresceu 7,1% em março ante março de 2013. Em fevereiro, a expansão havia sido de 11,8%, na mesma base.

A estiagem também afetou os transportes, já que o menor dinamismo no setor agrícola reduziu a demanda por movimentação de cargas. "O serviço de armazenagem também foi impactado por problemas na agricultura", observou Saldanha.

Ainda devido à falta de chuvas, o técnico do IBGE observou que o segmento de outros serviços, cuja receita cresceu 3,3% em relação a março de 2013, também foi afetado.

"Em outros serviços, temos serviços auxiliares da agricultura. Se tem retração no setor agrícola, eles também", explicou. Em fevereiro, a alta na receita de outros serviços havia sido de 6,5% ante março de 2013.

Exportações

A redução no ritmo de exportações brasileiras também está prejudicando o setor de serviços ligados a transportes, principalmente o modal aquaviário, segundo Saldanha.

Em março, a receita nominal do transporte aquaviário cresceu 8,5% ante março de 2013. Em fevereiro, a expansão havia sido de 23,3% na mesma base.

"Se nós compararmos as exportações do Brasil entre março deste ano e março de 2013, a queda foi de 8,8%. É um menor dinamismo. O Brasil teve uma redução de exportações, principalmente para a Argentina. Isso afetou bastante nosso volume de embarques", disse Saldanha.

Ao todo, o setor de transportes teve crescimento de 8,0% na receita nominal em março ante igual mês de 2013, sem descontar a inflação. Em fevereiro, a alta havia sido de 14,7% no mesmo tipo de comparação.

Ainda segundo o IBGE, a receita nominal da atividade de serviços cresceu 6,8% em março ante março de 2013, a terceira menor taxa de toda a série, iniciada em janeiro de 2012.

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