Economia

Indústria espera que Azêvedo mude regras de comércio mundial

O setor espera que mudanças sejam capazes de facilitar regras, reduzir taxas e agilizar o desembaraço de mercadorias


	Roberto Azevêdo: as indústrias nacionais acreditam que o novo dirigente da OMC buscará o acordo de modernização dos procedimentos aduaneiros e o fim de entraves burocráticos
 (REUTERS/Valentin Flauraud)

Roberto Azevêdo: as indústrias nacionais acreditam que o novo dirigente da OMC buscará o acordo de modernização dos procedimentos aduaneiros e o fim de entraves burocráticos (REUTERS/Valentin Flauraud)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 14h57.

Brasília – Com a promessa de buscar novos caminhos para o comércio internacional, a posse de Roberto Azevêdo, que assume a diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), no próximo dia 9, é aguardada com expectativa pela indústria brasileira. O setor espera que Azevêdo promova mudanças no regime de comércio mundial capazes de facilitar regras, reduzir taxas e agilizar o desembaraço de mercadorias.

Em uma nota divulgada hoje (30), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que Azevêdo trará estímulos e novas oportunidades para os negócios e garantiu que o otimismo não tem relação com o fato do novo diretor ser brasileiro. As indústrias nacionais acreditam que o novo dirigente da OMC buscará o acordo de modernização dos procedimentos aduaneiros e o fim de entraves burocráticos.

O diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi, disse que essas medidas compõem a agenda de competitividade para a indústria nacional. Abijaodi lembrou que os custos de transações vão além do custo de produção, por incluírem as perdas decorrentes de burocracia, pagamentos de taxas, dificuldade de acesso à informação e insegurança.

No texto, a confederação ainda destaca um levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que indica que o acordo poderia reduzir em 10% os custos de transações para países desenvolvidos e entre 13% e 15% para países em desenvolvimento.

Azevêdo vai assumir a organização com praticamente toda a equipe formada, incluindo especialistas de diferentes nacionalidades. A cerimônia de posse estava prevista para o dia 1º, mas foi remarcada pela OMC e será realizada no dia 9. O processo de eleição de Azevêdo foi iniciado em março, quando nove candidatos disputaram a vaga. Em abril, a escolha ficou entre Azevêdo e o mexicano Herminio Blanco e o brasileiro saiu vitorioso.

*Colaborou Renata Giraldi

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaIndústriaIndústrias em geralOMC – Organização Mundial do ComércioPolítica industrial

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor