Indústria do plástico espera alta de 1% na produção em 2015
Produção de transformados plásticos do Brasil deve cair 2,7 por em 2014 e avançar apenas 1 por cento em 2015
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 13h22.
São Paulo - Após iniciar o ano com perspectiva positiva para o setor, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) estimou nesta segunda-feira que a produção de transformados plásticos do Brasil deve cair 2,7 por em 2014 e avançar apenas 1 por cento em 2015, em linha com a expectativa de expansão da produção industrial brasileira.
A produção física do setor de plásticos deve somar 6,24 milhões de toneladas neste ano, voltando ao patamar de 2010, e exibir apenas ligeira alta, para 6,3 milhões de toneladas, em 2015. Segundo o presidente da Abiplast, José Roriz Coelho, a queda da produção neste ano se concentrou no segundo e no terceiro trimestres, quando recuou 7 por cento ante o mesmo período de 2013, apesar dos períodos registrarem tradicionalmente melhores volumes.
"É uma queda que surpreende, ao longo do ano imaginamos crescimento... pensamos que a Copa ia puxar o consumo, mas nada aconteceu", disse Coelho. Na sua avaliação, o desempenho negativo do setor reflete o exibido na maioria dos setores da indústria. "Os consumidores perceberam que estamos em crise e diminuíram o consumo", disse.
Em 2015, na visão da Abiplast, a indústria pode iniciar sua recuperação, dependendo de eventuais ajustes do governo na economia, mas deve continuar enfrentando problemas relacionados a energia, água e baixo crescimento.
Apesar de um dólar mais valorizado ante o real, que poderia favorecer exportações, a Abiplast apontou que o preço de matérias-primas para a indústria deve aumentar. "Na matéria-prima, temos poucos fornecedores, que repassam o câmbio com facilidade, mas nós temos dificuldade para repassar isso para as empresas", afirmou Coelho.
Por outro lado, os maiores preços da energia por conta da baixa pluviosidade podem favorecer o setor no ano que vem. A expectativa é de uma maior substituição por parte da indústria de materiais cuja produção consome mais eletricidade, como o alumínio, o aço e o vidro, pelo plástico.
CONSUMO A Abiplast informou ainda que o consumo aparente de transformados plásticos deve recuar 1,7 por cento, para 6,78 milhões de toneladas, em 2014 e o faturamento deve ficar em 66,66 bilhões de reais, baixa de 6,45 por cento sobre 2013.
Para 2015, a expectativa é de estabilidade no nível de faturamento e crescimento de 2 por cento no consumo aparente, a 6,9 milhões de toneladas, reflexo do aumento esperado de 6 por cento das importações.
O déficit na balança comercial do setor deve aumentar 8 por cento, com as importações avançando em ritmo mais expressivo que as exportações, cuja alta esperada é de 0,5 por cento.
O déficit deve terminar este ano em 2,59 bilhões de dólares, ou 540 mil toneladas.
São Paulo - Após iniciar o ano com perspectiva positiva para o setor, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) estimou nesta segunda-feira que a produção de transformados plásticos do Brasil deve cair 2,7 por em 2014 e avançar apenas 1 por cento em 2015, em linha com a expectativa de expansão da produção industrial brasileira.
A produção física do setor de plásticos deve somar 6,24 milhões de toneladas neste ano, voltando ao patamar de 2010, e exibir apenas ligeira alta, para 6,3 milhões de toneladas, em 2015. Segundo o presidente da Abiplast, José Roriz Coelho, a queda da produção neste ano se concentrou no segundo e no terceiro trimestres, quando recuou 7 por cento ante o mesmo período de 2013, apesar dos períodos registrarem tradicionalmente melhores volumes.
"É uma queda que surpreende, ao longo do ano imaginamos crescimento... pensamos que a Copa ia puxar o consumo, mas nada aconteceu", disse Coelho. Na sua avaliação, o desempenho negativo do setor reflete o exibido na maioria dos setores da indústria. "Os consumidores perceberam que estamos em crise e diminuíram o consumo", disse.
Em 2015, na visão da Abiplast, a indústria pode iniciar sua recuperação, dependendo de eventuais ajustes do governo na economia, mas deve continuar enfrentando problemas relacionados a energia, água e baixo crescimento.
Apesar de um dólar mais valorizado ante o real, que poderia favorecer exportações, a Abiplast apontou que o preço de matérias-primas para a indústria deve aumentar. "Na matéria-prima, temos poucos fornecedores, que repassam o câmbio com facilidade, mas nós temos dificuldade para repassar isso para as empresas", afirmou Coelho.
Por outro lado, os maiores preços da energia por conta da baixa pluviosidade podem favorecer o setor no ano que vem. A expectativa é de uma maior substituição por parte da indústria de materiais cuja produção consome mais eletricidade, como o alumínio, o aço e o vidro, pelo plástico.
CONSUMO A Abiplast informou ainda que o consumo aparente de transformados plásticos deve recuar 1,7 por cento, para 6,78 milhões de toneladas, em 2014 e o faturamento deve ficar em 66,66 bilhões de reais, baixa de 6,45 por cento sobre 2013.
Para 2015, a expectativa é de estabilidade no nível de faturamento e crescimento de 2 por cento no consumo aparente, a 6,9 milhões de toneladas, reflexo do aumento esperado de 6 por cento das importações.
O déficit na balança comercial do setor deve aumentar 8 por cento, com as importações avançando em ritmo mais expressivo que as exportações, cuja alta esperada é de 0,5 por cento.
O déficit deve terminar este ano em 2,59 bilhões de dólares, ou 540 mil toneladas.