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Abimaq diz que indústria sofre com elevados juros e tributos

"É mais barato importar um bens de capital do que produzir aqui no Brasil", disse o presidente da Abimaq

Entraves: "É mais barato importar um bens de capital do que produzir aqui no Brasil", disse o presidente da Abimaq (Wilson Dias/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 14h19.

São Paulo - O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, abriu nesta quarta-feira, 16, o 1º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, dizendo que apesar do atual estado crescente de agravamento da economia, o Brasil faz parte de um pequeno e seleto grupo de países, de menos de duas dúzias, que têm uma indústria de transformação e de 12 nações que tem uma indústria de bens de capital como a brasileira.

"O Brasil produz e exporta bens de capital. No ano passado exportamos mais de 30% de nossa produção no valor de US$ 11 bilhões. Anfavea exportou metade do que nós exportamos e emprega muito menos que nós", comparou Pastoriza.

No entanto, lamenta o executivo, essa mesma indústria, que coloca o Brasil em um grupo seleto no mundo, sofre com uma elevada e "pornográfica" taxa de juros de mercado, um sistema tributário pró importador.

"É mais barato importar um bens de capital do que produzir aqui no Brasil", disse o presidente da Abimaq.

Essas coisas, pioradas, pelo atual cenário econômico, avaliou o executivo, levou ao processo de desindustrialização gigantesco nos últimos anos. "Mas esse processo foi mascarado porque o País estava crescendo enquanto nós estávamos demitindo. O processo foi mascarado pelo boom das commodities", afirmou Pastoriza.

Ele salientou ainda que houve um segundo mascaramento da desisdustrialização porque o processo não se deu da forma clássica em que se notícia o fechamento de portas de fábricas.

"A maior parte da nossa desisdustrialização foi feita de forma silenciosa, com as empresas deixando de ser produtoras para se tornarem montadoras, lamentou o presidente da Abimaq.

Na conversão da indústria de produtora em montadora, disse Pastoriza, as empresas até podem ganhar mais dinheiro, mas empregos de alta qualificação são jogados na lata d lixo e cadeias por trás do setor desaparecem.

"Só agora, de três anos para cá, com a queda dos preços das commodities, é que água abaixou e se de conta de que um terço do parque industrial do Brasil desapareceu. "

Isso significa que o País não está investindo", comentou Pastoriza, acrescentando que o Brasil tem potencial para crescer 5% ao ano de forma sustentável desde que vote a investir e recuperar a sua indústria.

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São Paulo - O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, abriu nesta quarta-feira, 16, o 1º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, dizendo que apesar do atual estado crescente de agravamento da economia, o Brasil faz parte de um pequeno e seleto grupo de países, de menos de duas dúzias, que têm uma indústria de transformação e de 12 nações que tem uma indústria de bens de capital como a brasileira.

"O Brasil produz e exporta bens de capital. No ano passado exportamos mais de 30% de nossa produção no valor de US$ 11 bilhões. Anfavea exportou metade do que nós exportamos e emprega muito menos que nós", comparou Pastoriza.

No entanto, lamenta o executivo, essa mesma indústria, que coloca o Brasil em um grupo seleto no mundo, sofre com uma elevada e "pornográfica" taxa de juros de mercado, um sistema tributário pró importador.

"É mais barato importar um bens de capital do que produzir aqui no Brasil", disse o presidente da Abimaq.

Essas coisas, pioradas, pelo atual cenário econômico, avaliou o executivo, levou ao processo de desindustrialização gigantesco nos últimos anos. "Mas esse processo foi mascarado porque o País estava crescendo enquanto nós estávamos demitindo. O processo foi mascarado pelo boom das commodities", afirmou Pastoriza.

Ele salientou ainda que houve um segundo mascaramento da desisdustrialização porque o processo não se deu da forma clássica em que se notícia o fechamento de portas de fábricas.

"A maior parte da nossa desisdustrialização foi feita de forma silenciosa, com as empresas deixando de ser produtoras para se tornarem montadoras, lamentou o presidente da Abimaq.

Na conversão da indústria de produtora em montadora, disse Pastoriza, as empresas até podem ganhar mais dinheiro, mas empregos de alta qualificação são jogados na lata d lixo e cadeias por trás do setor desaparecem.

"Só agora, de três anos para cá, com a queda dos preços das commodities, é que água abaixou e se de conta de que um terço do parque industrial do Brasil desapareceu. "

Isso significa que o País não está investindo", comentou Pastoriza, acrescentando que o Brasil tem potencial para crescer 5% ao ano de forma sustentável desde que vote a investir e recuperar a sua indústria.

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