Indústria de frango vê retomada nas exportações
Embarques de carne de frango do Brasil somaram 1,890 milhão de toneladas entre janeiro e junho de 2013, redução de 4,9%
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2013 às 17h09.
São Paulo - O Brasil deverá elevar as exportações de carne de frango no segundo semestre num ritmo que permitirá ao país reverter a queda registrada nos primeiros seis meses do ano, ainda com a possibilidade de fechar 2013 com crescimento ante 2012, afirmou nesta segunda-feira um diretor da Ubabef, associação a indústria.
Os embarques de carne de frango do Brasil somaram 1,890 milhão de toneladas entre janeiro e junho de 2013, redução de 4,9 por cento em relação ao primeiro semestre de 2012, informou a Ubabef, ressaltando que a situação mudará na segunda metade de 2013.
"Habitualmente tem um volume maior no segundo semestre, e agora deve ter um pouco mais. Além disso, a entrada do México vai se refletir em maior exportação", afirmou à Reuters o diretor de Mercados da Ubabef (União Brasileira de Avicultura), Ricardo Santin.
As autoridades mexicanas anunciaram em maio a isenção de tarifas para importações em uma cota de 300 mil toneladas de frango por ano, o que pode beneficiar o Brasil, maior exportador global do produto.
"Esperamos que nos próximos 20 dias estejamos com o acordo fechado, começaria a exportação com duas plantas (em processo de habilitação)", afirmou Santin, lembrando que os mexicanos já visitaram sete unidades.
O Brasil teria potencial para exportar entre 80 mil e 120 mil toneladas de carne de frango ao México por ano, segundo Santin.
Além da sazonalidade, que aponta um segundo semestre com vendas mais aquecidas, a Ubabef ainda acredita numa recuperação de vendas para o Egito e para a China na segunda metade do ano.
Em relatório, a Ubabef afirmou que a tendência é de o setor "repetir em 2013 o resultado de 2012 (em volumes), podendo haver um crescimento de até 2 por cento".
No início do ano, a entidade tinha uma projeção mais otimista, de um crescimento da ordem de 3 por cento sobre 2012, quando as exportações tiveram ligeiro recuo.
Já a produção de carne de frango do Brasil deverá encerrar 2013 com total entre 12,3 milhões e 12,5 milhões de toneladas, volume semelhante ao obtido em 2012, de 12,6 milhões de toneladas. "Esta perspectiva leva em consideração os níveis atuais de produção, conforme o alojamento de pintos de corte e de matrizes", disse o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, em nota.
Receita em Alta
Já a receita com as vendas externas do Brasil totalizou 4,09 bilhões de dólares no primeiro semestre, aumento de 7,2 por cento ante o mesmo período do ano anterior, graças a um preço médio de exportação em dólar 12,7 por cento maior.
Os preços subiram, entre outros fatores, depois de o Brasil enxugar a oferta desde o ano passado, quando quebras de safras de milho e soja elevaram os custos de produção e apertaram as margens das indústrias.
Para o segundo semestre, entretanto, Santin disse que os preços da carne de frango "devem dar uma baixada (em dólar), em função da equação cambial".
Nos primeiros meses do ano, o dólar estava um pouco mais fraco frente ao real, o que permitia às empresas vender o produto a valores mais elevados na moeda norte-americana.
Com um real mais fraco recentemente, a "equação cambial" na formação de preços pode ser alterada.
Inclusive, Santin evitou fazer projeções de receitas com as exportações. "Para o ano, não fechamos previsão de receita, como o câmbio está caindo, não temos como fazer previsão."
São Paulo - O Brasil deverá elevar as exportações de carne de frango no segundo semestre num ritmo que permitirá ao país reverter a queda registrada nos primeiros seis meses do ano, ainda com a possibilidade de fechar 2013 com crescimento ante 2012, afirmou nesta segunda-feira um diretor da Ubabef, associação a indústria.
Os embarques de carne de frango do Brasil somaram 1,890 milhão de toneladas entre janeiro e junho de 2013, redução de 4,9 por cento em relação ao primeiro semestre de 2012, informou a Ubabef, ressaltando que a situação mudará na segunda metade de 2013.
"Habitualmente tem um volume maior no segundo semestre, e agora deve ter um pouco mais. Além disso, a entrada do México vai se refletir em maior exportação", afirmou à Reuters o diretor de Mercados da Ubabef (União Brasileira de Avicultura), Ricardo Santin.
As autoridades mexicanas anunciaram em maio a isenção de tarifas para importações em uma cota de 300 mil toneladas de frango por ano, o que pode beneficiar o Brasil, maior exportador global do produto.
"Esperamos que nos próximos 20 dias estejamos com o acordo fechado, começaria a exportação com duas plantas (em processo de habilitação)", afirmou Santin, lembrando que os mexicanos já visitaram sete unidades.
O Brasil teria potencial para exportar entre 80 mil e 120 mil toneladas de carne de frango ao México por ano, segundo Santin.
Além da sazonalidade, que aponta um segundo semestre com vendas mais aquecidas, a Ubabef ainda acredita numa recuperação de vendas para o Egito e para a China na segunda metade do ano.
Em relatório, a Ubabef afirmou que a tendência é de o setor "repetir em 2013 o resultado de 2012 (em volumes), podendo haver um crescimento de até 2 por cento".
No início do ano, a entidade tinha uma projeção mais otimista, de um crescimento da ordem de 3 por cento sobre 2012, quando as exportações tiveram ligeiro recuo.
Já a produção de carne de frango do Brasil deverá encerrar 2013 com total entre 12,3 milhões e 12,5 milhões de toneladas, volume semelhante ao obtido em 2012, de 12,6 milhões de toneladas. "Esta perspectiva leva em consideração os níveis atuais de produção, conforme o alojamento de pintos de corte e de matrizes", disse o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, em nota.
Receita em Alta
Já a receita com as vendas externas do Brasil totalizou 4,09 bilhões de dólares no primeiro semestre, aumento de 7,2 por cento ante o mesmo período do ano anterior, graças a um preço médio de exportação em dólar 12,7 por cento maior.
Os preços subiram, entre outros fatores, depois de o Brasil enxugar a oferta desde o ano passado, quando quebras de safras de milho e soja elevaram os custos de produção e apertaram as margens das indústrias.
Para o segundo semestre, entretanto, Santin disse que os preços da carne de frango "devem dar uma baixada (em dólar), em função da equação cambial".
Nos primeiros meses do ano, o dólar estava um pouco mais fraco frente ao real, o que permitia às empresas vender o produto a valores mais elevados na moeda norte-americana.
Com um real mais fraco recentemente, a "equação cambial" na formação de preços pode ser alterada.
Inclusive, Santin evitou fazer projeções de receitas com as exportações. "Para o ano, não fechamos previsão de receita, como o câmbio está caindo, não temos como fazer previsão."