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índices de confiança geram desconfiança sobre Alemanha

As expectativas das empresas alemãs, medidas pelo índice Ifo, caíram em maio pela primeira vez nos últimos sete meses, passando de 109,9 para 106,9 pontos

Na quarta-feira, o Bundesbank, Banco Central da Alemanha, considerou "muito preocupante" a evolução da Grécia (Daniel Roland/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 16h24.

Frankfurt - As incógnitas sobre a saúde da economia alemã foram alimentadas nesta quinta-feira com a publicação do índice de confiança dos empresários, que manchou as boas cifras de crescimento no primeiro trimestre e trouxe incertezas quanto a resistência do país em uma zona do euro sob pressão.

As expectativas das empresas alemãs, medidas pelo índice Ifo, caíram em maio pela primeira vez nos últimos sete meses, passando de 109,9 para 106,9 pontos, revelou nesta quinta-feira o Instituto de Economia de Munique.

De acordo com o levantamento, os empresários alemães consideraram tanto a situação atual como as perspectivas para o próximo semestre mais desfavoráveis do que no mês passado, o que, segundo especialistas, foi influenciado pelo aumento da insegurança na zona do euro nos últimos meses.

Apesar de a queda ter sido esperada, o recuo foi maior que o previsto, dizem especialistas.

As aproximadamente 7.000 empresas que responderam à sondagem do Ifo rebaixaram não só suas notas para a situação econômica atual, mas também sua confiança nas perspectivas para os próximos seis meses.

"As empresas julgam o futuro com pessimismo. A economia alemã está sofrendo com o aumento das incertezas que pesam sobre a zona do euro", disse em um comunicado Hans-Werner Sinn, o presidente do instituto Ifo, que analisa o entorno econômico no país.

Outros economistas compartilham da mesma opinião e Annalisa Piazza, da Newedge, considera inclusive que o recuo da confiança é um sinal de pânico dos empresários ante as incógnitas na Europa.

"A reativação da crise na zona do euro, junto das eleições gregas, parece ter afetado novamente a economia real alemã e põe fim a um período de resistência", explica o economista Christian Schulz, do banco privado Berenberg.

"Ao mesmo tempo, é preciso levar em conta que o índice do entorno para fazer negócios na Alemanha partia de um nível muito elevado", disse Ken Wattret, do BNP Paribas.

As dúvidas sobre a economia alemã também aumentaram com a publicação nesta quinta-feira do índice PMI (Gerente de Compras) da atividade no setor privado, que em maio registrou um ligeiro recuo, o primeiro desde novembro e o segundo dos últimos 34 meses.

O PMI, do instituto Markit, caiu para 45,0 este mês ante 46,2 em abril, ficando assim abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração da atividade.

No conjunto, a zona do euro, o PMI se contraiu muito e chegou a seu nível mais baixo desde junho de 2009.

Na quarta-feira, o Bundesbank, Banco Central da Alemanha, considerou "muito preocupante" a evolução da Grécia e descartou a ampliação da ajuda financeira ao país, no relatório mensal publicado nesta quarta-feira.

Caso a Grécia não cumpra os objetivos de reformas, "teria que suportar as consequências", advertiu o Bundesbank. Neste caso, "os desafios para a Alemanha e a Eurozona seriam consequentes, mas superáveis", destaca o relatório.

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Frankfurt - As incógnitas sobre a saúde da economia alemã foram alimentadas nesta quinta-feira com a publicação do índice de confiança dos empresários, que manchou as boas cifras de crescimento no primeiro trimestre e trouxe incertezas quanto a resistência do país em uma zona do euro sob pressão.

As expectativas das empresas alemãs, medidas pelo índice Ifo, caíram em maio pela primeira vez nos últimos sete meses, passando de 109,9 para 106,9 pontos, revelou nesta quinta-feira o Instituto de Economia de Munique.

De acordo com o levantamento, os empresários alemães consideraram tanto a situação atual como as perspectivas para o próximo semestre mais desfavoráveis do que no mês passado, o que, segundo especialistas, foi influenciado pelo aumento da insegurança na zona do euro nos últimos meses.

Apesar de a queda ter sido esperada, o recuo foi maior que o previsto, dizem especialistas.

As aproximadamente 7.000 empresas que responderam à sondagem do Ifo rebaixaram não só suas notas para a situação econômica atual, mas também sua confiança nas perspectivas para os próximos seis meses.

"As empresas julgam o futuro com pessimismo. A economia alemã está sofrendo com o aumento das incertezas que pesam sobre a zona do euro", disse em um comunicado Hans-Werner Sinn, o presidente do instituto Ifo, que analisa o entorno econômico no país.

Outros economistas compartilham da mesma opinião e Annalisa Piazza, da Newedge, considera inclusive que o recuo da confiança é um sinal de pânico dos empresários ante as incógnitas na Europa.

"A reativação da crise na zona do euro, junto das eleições gregas, parece ter afetado novamente a economia real alemã e põe fim a um período de resistência", explica o economista Christian Schulz, do banco privado Berenberg.

"Ao mesmo tempo, é preciso levar em conta que o índice do entorno para fazer negócios na Alemanha partia de um nível muito elevado", disse Ken Wattret, do BNP Paribas.

As dúvidas sobre a economia alemã também aumentaram com a publicação nesta quinta-feira do índice PMI (Gerente de Compras) da atividade no setor privado, que em maio registrou um ligeiro recuo, o primeiro desde novembro e o segundo dos últimos 34 meses.

O PMI, do instituto Markit, caiu para 45,0 este mês ante 46,2 em abril, ficando assim abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração da atividade.

No conjunto, a zona do euro, o PMI se contraiu muito e chegou a seu nível mais baixo desde junho de 2009.

Na quarta-feira, o Bundesbank, Banco Central da Alemanha, considerou "muito preocupante" a evolução da Grécia e descartou a ampliação da ajuda financeira ao país, no relatório mensal publicado nesta quarta-feira.

Caso a Grécia não cumpra os objetivos de reformas, "teria que suportar as consequências", advertiu o Bundesbank. Neste caso, "os desafios para a Alemanha e a Eurozona seriam consequentes, mas superáveis", destaca o relatório.

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