Economia

Índia pode superar China em investimentos globais até o final da década, diz Goldman Sachs

O Goldman Sachs também espera que o setor privado indiano acelere os investimentos após as eleições gerais entre abril e maio

ìndia: país pode ter uma média de crescimento superior a 6% ao ano até o fim da década (menonsstocks/Getty Images)

ìndia: país pode ter uma média de crescimento superior a 6% ao ano até o fim da década (menonsstocks/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 06h09.

O Goldman Sachs declarou nesta nesta sexta-feira que enxerga a Índia como o novo grande destino dos investimentos globais pelo resto desta década, superando a China. No período, o país deve ter um crescimento que pode superar 6% ao ano.

Em entrevista à Bloomberg, o executivo do banco, Santanu Sengupta disse que, "no longo prazo, o potencial de crescimento é de 6,5% ou até um pouco mais".

Sengupta prevê um crescimento de 6,3% para o próximo ano fiscal que começa em abril, um pouco abaixo da projeção do Banco da Índia, de 7%.

O executivo citou alguns pontos que foram importantes para a Índia chegar a esse momento forte de expansão do PIB: demografia favorável, gastos governamentais e uma demanda interna equilibrada "fazem do país um destino para futuros investimentos", disse à Bloomberg.

Sengupta também lembrou na entrevista que o potencial de crescimento de um país é aquele que não causa inflação em demasia. O Banco Central da Índia estimou, no mês passado, um potencial de crescimento na faixa dos 7%.

O Goldman Sachs também espera que o setor privado indiano acelere os investimentos após as eleições gerais entre abril e maio.

O banco também se animou com a temporada de balanços das empresas locais. "Estão tão desalavancados que são os mais 'limpos' que vimos nos últimos 20 anos", disse o executivo Santanu Sengupta.

Acompanhe tudo sobre:Índia

Mais de Economia

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês

Rui Costa diz que pacote de corte de gastos não vai atingir despesas com saúde e educação