Economia

Inadimplente em mais de R$ 500 continua maioria, diz SPC

SPC e CNDL argumentam que o aumento da fatia inadimplentes que devem mais que R$ 500 é uma tendência que se mantém desde o início do ano


	Loja: movimento refletiria as compras de bens duráveis com maior valor agregado e que, na maioria das vezes, são parceladas de 12 até 48 meses
 (José Cruz/ABr)

Loja: movimento refletiria as compras de bens duráveis com maior valor agregado e que, na maioria das vezes, são parceladas de 12 até 48 meses (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 15h12.

Brasília - O perfil da inadimplência no comércio em agosto aponta que 50,78% dos consumidores tinham dívidas com valores acima de R$ 500 no período.

Em julho, o índice era de 48,97%. A dado é do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, 19, mostra a concentração da inadimplência de agosto por gênero, idade e valor da dívida. Entram nesse cálculo pessoas com contas em atraso há mais de 90 dias.

SPC e CNDL argumentam que o aumento da fatia inadimplentes que devem mais que R$ 500 é uma tendência que se mantém desde o início do ano. O movimento refletiria as compras de bens duráveis com maior valor agregado e que, na maioria das vezes, são parceladas de 12 até 48 meses.

No mês passado, as mulheres representaram 54% dos inadimplentes e os homens, 46%. Os economistas do SPC Brasil alertam, entretanto, que os dados não podem ser considerados "taxativos", pois a diferença é pouco expressiva. Segundo o banco de dados do SPC/CNDL, as mulheres também são as que mais consomem, respondendo por 58,76% das vendas, ante 41,24% dos homens. "Dessa forma, é natural que sejam ligeiramente mais inadimplentes", afirma o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.

O levantamento revela ainda que a maior parte dos cadastros negativos concentra-se em CPFs de consumidores com idade entre 30 e 39 anos (25,8%).

"São pessoas inseridas em um perfil comumente atribuído a chefes de família, que arcam mensalmente com compromissos frequentes e pesados como aluguel, água, luz, telefone e mensalidade escolar. Esse fato, aliado à falta de planejamento financeiro ou a imprevistos, pode acarretar no atraso de parcelamentos", analisa Borges.

SPC e CNDL avaliam que a inadimplência deva registrar novas altas nos próximos meses e comece a recuar perto do final do ano, período em que tradicionalmente há maior recuperação de crédito por causa do pagamento do 13º salário. Quando comparada com julho, a taxa de inadimplência avançou 1,34%. Em relação a agosto do ano passado, a inadimplência subiu 0,72%. O sistema de consulta do SPC Brasil envolve mais de 150 milhões de cadastros de pessoas físicas (CPFs), em aproximadamente 1,2 milhão de pontos de vendas espalhados por todo o País.

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