Economia

Inadimplência no mercado de crédito brasileiro vai a 5,4%

No primeiro mês do ano, o estoque total de crédito no país, que inclui também o segmento de recursos direcionados, caiu 0,6 por cento sobre dezembro


	Pagamentos com cartão: número subiu levemente sobre o patamar de 5,3 por cento em dezembro
 (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Pagamentos com cartão: número subiu levemente sobre o patamar de 5,3 por cento em dezembro (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 11h49.

Brasília- A inadimplência no mercado de crédito no país no segmento de recursos livres abriu o ano em leve alta, reflexo das condições apertadas para os consumidores quitarem suas contas em meio ao ambiente econômico de recessão, também marcado por inflação e juros altos.

No segmento, no qual as instituições financeiras definem livremente as taxas de juros, a inadimplência atingiu 5,4 por cento em janeiro, contra 5,3 por cento em dezembro, divulgou o Banco Central nesta quarta-feira.

No segmento de recursos direcionados, a inadimplência ficou estável em 1,4 por cento no mês passado.

Apesar de o BC não mexer na Selic desde julho de 2015, a 14,25 por cento ao ano, os juros médios no segmento de recursos livres também subiram a 49,4 por cento em janeiro, contra 47,2 por cento em dezembro. No direcionado, as taxas médias foram a 11 por cento, alta de 1,2 ponto percentual no período.

O spread bancário --diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa que cobram ao consumidor final-- foi a 34,1 pontos percentuais no último mês, sobre 32,0 pontos em dezembro, no segmento de recursos livres.

No direcionado, a alta foi de 0,9 ponto, a 4,2 pontos em janeiro.

No primeiro mês do ano, ainda segundo o BC, o estoque total de crédito no país, que inclui também o segmento de recursos direcionados, caiu 0,6 por cento sobre dezembro, a 3,199 trilhões de reais, ou 53,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Para 2016, a expectativa é que o estoque suba 7 por cento, após alta de 6,6 por cento em 2015, a mais modesta da série histórica iniciada em 2007.

Texto atualizado às 11h49.

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