Economia

Inadimplência das empresas sobe 19% em 2011

Alta ocorre depois de recuo de 3,7% em 2010

Em nota, a Serasa Experian atribuiu o aumento da inadimplência em 2011 a vários fatores que afetaram o fluxo de caixa das empresas e seu desempenho (SXC.hu)

Em nota, a Serasa Experian atribuiu o aumento da inadimplência em 2011 a vários fatores que afetaram o fluxo de caixa das empresas e seu desempenho (SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 10h33.

São Paulo - A inadimplência das empresas cresceu 19% em 2011, depois de recuar 3,7% em 2010, conforme o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, divulgado hoje. Apesar da elevação no ano passado, o índice ficou abaixo dos 25,1% de 2009, ano da crise econômica internacional. Em dezembro do ano passado ante o mesmo mês de 2010, a inadimplência das empresas aumentou 23,7%. Já na comparação com novembro, houve queda de 4,1% em dezembro.

Em nota, a Serasa Experian atribuiu o aumento da inadimplência em 2011 a vários fatores que afetaram o fluxo de caixa das empresas e seu desempenho. Entre eles, estão "o aumento da inflação, que pressionou os custos dos negócios; os juros elevados, que tornaram o capital de giro mais caro; a queda da atividade econômica no segundo semestre, dificultando as vendas e ampliando os estoques; e o aumento da inadimplência do consumidor, que elevou o risco de crédito e definiu perdas financeiras".

Na avaliação da empresa, porém, "a queda de 4,1% em dezembro ante novembro pode ser um sinal de que a inadimplência das empresas está perdendo fôlego". No ano passado, a inadimplência subiu em todas as modalidades de crédito analisadas. Nas dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água), cresceu 28,3%; nas bancárias, 23%; nos cheques sem fundos, 12,8%; e nos protestos, 10,9%.

As dívidas não bancárias tiveram valor médio de R$ 744,01 (alta de 2,2% ante 2010) e as com bancos, por sua vez, valor médio de R$ 5.169,91 (alta de 9,7% na mesma base de comparação). Em relação aos títulos protestados, o valor médio em 2011 foi de R$ 1.803,04 (aumento de 9,1% sobre 2010). Os cheques sem fundos tiveram valor médio de R$ 2.089,50 (alta de 1,7% ante 2010).

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