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Impasse nos EUA pode causar danos à economia global, diz BCE

Segundo Mario Draghi, resto do mundo acredita que EUA vão resolver o impasse, que ameaça levar o país a um default da dívida neste mês

Mario Draghi, Presidente do Banco Central Europeu, durante encontro no Clube Econômico de Nova York (Mike Segar/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 16h21.

Nova York - Um impasse prolongado sobre a dívida dos Estados Unidos pode prejudicar a economia global, disse nesta quinta-feira o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.

O resto do mundo acredita que os EUA vão resolver o impasse, que deixou o governo federal parcialmente paralisado e ameaça levar o país a um default da dívida neste mês, disse ele. Mesmo assim, destacou Draghi, a disputa entre parlamentares norte-americanos pode durar semanas ou mesmo meses.

"Nesse caso, provavelmente é seguro dizer que isso pode causar danos severos à economia dos EUA e do mundo", disse Draghi no Clube Econômico de Nova York antes de comparecer no fim de semana a reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington.

O governo federal dos EUA está parcialmente paralisado desde 1º de outubro, após o Congresso não ter chegado a um acordo orçamentário para o novo ano fiscal devido a disputas sobre reformas no sistema de saúde.

Além disso, espera-se que o governo norte-americano atinja o teto da dívida até 17 de outubro, e o Congresso dividido pode se mostrar incapaz de elevar esse limite. Isso, por sua vez, levanta a perspectiva de default.

Em contraste, a economia da zona do euro está mostrando sinais de progresso em recuperar-se da crise de dívida soberana que já dura mais de três anos, disse Draghi.

Mas ele alertou que o caminho da união monetária em direção a mais ganhos econômicos será turbulento.

"O ritmo de recuperação será contido, desigual e, em certa medida, frágil, sendo exposto a vários riscos", afirmou.

O BCE, como esperado, deixou a taxa básica juros inalterada em 2 de outubro na mínima histórica de 0,5 por cento, nível em que permanece desde maio. Após elevar os juros em 2011, o BCE reverteu a trajetória e começou a diminuí-los em novembro daquele ano.

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O resto do mundo acredita que os EUA vão resolver o impasse, que deixou o governo federal parcialmente paralisado e ameaça levar o país a um default da dívida neste mês, disse ele. Mesmo assim, destacou Draghi, a disputa entre parlamentares norte-americanos pode durar semanas ou mesmo meses.

"Nesse caso, provavelmente é seguro dizer que isso pode causar danos severos à economia dos EUA e do mundo", disse Draghi no Clube Econômico de Nova York antes de comparecer no fim de semana a reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington.

O governo federal dos EUA está parcialmente paralisado desde 1º de outubro, após o Congresso não ter chegado a um acordo orçamentário para o novo ano fiscal devido a disputas sobre reformas no sistema de saúde.

Além disso, espera-se que o governo norte-americano atinja o teto da dívida até 17 de outubro, e o Congresso dividido pode se mostrar incapaz de elevar esse limite. Isso, por sua vez, levanta a perspectiva de default.

Em contraste, a economia da zona do euro está mostrando sinais de progresso em recuperar-se da crise de dívida soberana que já dura mais de três anos, disse Draghi.

Mas ele alertou que o caminho da união monetária em direção a mais ganhos econômicos será turbulento.

"O ritmo de recuperação será contido, desigual e, em certa medida, frágil, sendo exposto a vários riscos", afirmou.

O BCE, como esperado, deixou a taxa básica juros inalterada em 2 de outubro na mínima histórica de 0,5 por cento, nível em que permanece desde maio. Após elevar os juros em 2011, o BCE reverteu a trajetória e começou a diminuí-los em novembro daquele ano.

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