Economia

IGP-M desacelera para 0,63% na segunda prévia de junho

Índice diminuiu alta depois de uma elevação de 1% no mesmo período em maio

Informação é da Fundação Getúlio Vargas (Alexandre Battibugli/Info EXAME)

Informação é da Fundação Getúlio Vargas (Alexandre Battibugli/Info EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 09h15.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,63 por cento na segunda prévia de junho, ante elevação de 1 por cento no mesmo período de maio, devido ao enfraquecimento dos preços tanto no atacado quanto no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira.

Na primeira prévia de junho, o IGP-M havia desacelerado para uma alta 0,68 por cento, ante elevação de 0,89 por cento no mesmo período de maio.

Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.

Indicadores de inflação vêm recentemente dando sinais de arrefecimento. Na segunda-feira, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou para uma alta de 0,28 por cento na segunda quadrissemana de junho, depois de avançar 0,43 por cento no período anterior.

Por sua vez, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como meta oficial de inflação, desacelerou para uma alta de 0,36 por cento em maio, após subir 0,64 por cento em abril.

Esse cenário é importante para o Banco Central dar continuidade à sua política de redução da Selic, atualmente no recorde de baixa de 8,50 por cento ao ano, visando a incentivar a atividade diante das dificuldades da economia brasileira em deslanchar.

Subíndices

Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M) teve alta de 0,65 por cento na segunda prévia de junho, ante inflação de 1,24 por cento em igual período de maio.

Os preços dos Bens Finais avançaram 0,10 por cento, ante 0,74 por cento anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,61 para -0,04 por cento.

No segmento Bens Intermediários, houve desaceleração para 1,15 por cento, ante 1,60 por cento na segunda prévia de maio. A principal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,94 para 1,27 por cento.

O índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação de 0,63 por cento, contra 1,33 por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram o movimento foram soja em grão (9,45 para 2,64 por cento), algodão em caroço (3,69 para -0,77 por cento) e bovinos (-0,34 para -0,76 por cento).


Varejo

Já o Índice de Preços ao Consumidor-Mercado (IPC-M) desacelerou a alta para 0,14 por cento, contra 0,41 por cento visto anteriormente. A principal contribuição para o decréscimo da taxa do índice partiu do grupo Transportes, que recuou 0,80 por cento, ante alta de 0,19 por cento anteriormente.

Também foram registrados decréscimos nas taxas de variação de outras quatro classes de despesa: Habitação (0,39 para 0,11 por cento), Saúde e Cuidados Pessoais (1,02 para 0,53 por cento), Despesas Diversas (2,88 para 1,80 por cento) e Educação, Leitura e Recreação (0,19 para -0,16 por cento).

O Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) registrou elevação de 1,58 por cento, acelerando ante alta de 0,81 por cento na segunda apuração de maio.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,31 por cento, ante 0,38 por cento no mês anterior.

O custo da Mão de Obra subiu 2,81 por cento na segunda prévia de junho, ante 1,23 por cento no mesmo período do mês anterior.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasIGP-MIndicadores econômicosInflaçãoPreços

Mais de Economia

Plano do governo para segurança pública é uma 'cortina de fumaça', diz Caiado

Governo cria grupo de trabalho com bancos para discutir juros altos no país

Corte de gastos: Rui Costa se reúne com ministros da Previdência e do Desenvolvimento Social

Petróleo pode desbancar soja e liderar exportações neste ano