Economia

IGP-M acelera alta para 1,38% na 2ª prévia de agosto

Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o IPA-M teve alta de 1,94%, o IPC-M avançou 0,26% e o INCC-M registrou elevação de 0,36%


	Informações são da Fundação Getúlio Vargas
 (Alexandre Battibugli/Info EXAME)

Informações são da Fundação Getúlio Vargas (Alexandre Battibugli/Info EXAME)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 08h34.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 1,38 por cento na segunda prévia de agosto, ante elevação de 1,11 por cento no mesmo período de julho, influenciado principalmente pelos preços das matérias-primas no atacado informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

O IGP-M havia avançado 1,21 por cento na primeira prévia do mês, ante alta de 0,95 por cento no mesmo período de julho.

Indicadores de inflação vêm mostrando há semanas sinais de aceleração dos preços, como a alta de 1,59 por cento do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de agosto, ante elevação de 0,96 por cento em julho, também com influência das matérias-primas brutas no atacado.

Por sua vez, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho avançou 0,43 por cento, ante alta de 0,08 por cento no mês anterior, acumulando em 12 meses 5,20 por cento.

Apesar disso, o foco do governo está sobre a recuperação da performance da atividade econômica. Segundo analistas, isso deve manter a perspectiva de o Banco Central reduzir pelo menos mais uma vez neste ano a taxa básica de juros, atualmente na mínima de 8 por cento.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos próximos dias 28 e 29 e a expectativa é de que haja mais um corte de 0,50 ponto percentual na Selic.

Entretanto, eles vislumbram a possibilidade de o ciclo de afrouxamento monetário ser menor adiante, após dados na semana passada indicando que a atividade deu sinais de recuperação.

Por exemplo, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,75 por cento em junho frente a maio, encerrando o primeiro trimestre com alta de 0,38 por cento ante o primeiro.

Atacado

Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M) teve alta de 1,94 por cento na segunda prévia deste mês, ante inflação de 1,45 por cento em igual período de julho.

O índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação de 4,49 por cento, contra 1,93 por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram milho em grão (1,55 para 20,10 por cento), aves (-0,60 para 6,81 por cento) e suínos (-2,75 para 20,12 por cento).

Já os preços dos Bens Finais avançaram 0,57 por cento, ante 1,03 por cento anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 4,53 para 0,62 por cento No segmento Bens Intermediários, houve desaceleração para 1,16 por cento, ante 1,45 por cento na segunda prévia de julho. A principal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,57 para 0,87 por cento.


Varejo

Já o Índice de Preços ao Consumidor-Mercado (IPC-M) acelerou a alta para 0,26 por cento, contra 0,23 por cento visto anteriormente.

A principal contribuição para essa variação partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,18 para 0,43 por cento). Nesta classe de despesa, destacou-se o item "excursão e tour", cuja taxa de variação passou de -0,18 para 2,11 por cento.

Também foram registrados acréscimos nas taxas de variação dos grupos Comunicação (0,10 para 0,30 por cento), Transportes (-0,46 para -0,37 por cento) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,36 para 0,45 por cento).

O Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) registrou elevação de 0,36 por cento, desacelerando ante alta de 0,91 por cento na segunda apuração de julho.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,29 por cento, ante 0,54 por cento no mês anterior.

O custo da Mão de Obra subiu 0,43 por cento na segunda prévia de agosto, ante 1,26 por cento no mesmo período do mês anterior.

Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.

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