Economia

IGP-DI acumula em 2004 alta de 12,14%

Inflação para o consumidor, de 6,27% em 2004, encerrou o ano com menos da metade da elevação no atacado, de 14,67%. Em dezembro, combustíveis aliviam pressão sobre preços no atacado mas puxam inflação ao consumidor

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h15.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 12,14% em 2004, 4,47 pontos percentuais acima do resultado de 2003, quando acumulou alta de 7,67%. O resultado irá interferir nos reajustes das tarifas telefônicas, pois é o indexador previsto nos contratos de concessão de telefonia (leia reportagem de EXAME sobre como o Judiciário prejudica o país ao dar margem para o questionamento de dispositivos contratuais). O Superior Tribunal de Justiça aprovou em 1º de julho de 2004 o restabelecimento do uso do IGP-DI como o índice para reajuste das tarifas de telefonia fixa, suspenso por decisões liminares.

O resultado de dezembro é o segundo mais baixo de 2004. O aumento foi de 0,52%, 0,3 ponto percentual abaixo do apurado em novembro e bem inferior às projeções de analistas. O banco Credit Suisse First Boston (CSFB), por exemplo, projetava um IGP-DI de 0,80% em dezembro. A projeção média do mercado (12,44%) para o resultado anual do indicador ficou 0,3 ponto percentual acima do verificado.

O índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), possui três componentes: IPA (preços no atacado), IPC (preços ao consumidor) e INCC (construção civil), cujos pesos são de 60%, 30% e 10%, respectivamente.

Segundo a FGV, o movimento de desaceleração dos preços dos combustíveis, de uma alta de 7,53% em novembro para 2,05%, provocou um impacto de redução sobre o IPA quase duas vezes maior do que a aceleração causada pelos alimentos in natura (+2,68%, ante -0,20% no mês anterior). O IPA de dezembro fechou em 0,48%, ante 1% em novembro, e acumulou 14,67% em 2004. A inflação para o consumidor encerrou o ano com menos da metade da elevação no atacado (6,27%), e foi pressionada em dezembro especialmente pela gasolina, com alta de 4,13%, ante 2,89% no mês anterior. No caso dos preços do setor de construção civil, o resultado anual foi de alta de 11,02%.

O resultado é próximo do registrado pelo IGP-M. A diferença entre os dois indicadores está no período de pesquisa. A versão DI coleta preços entre o dia 1 e o dia 30 do mês de referência. Já o IGP-M pesquisa preços até o dia 20 do mês de referência, começando no dia 21 do mês anterior.

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