Economia

IDV leva a Mantega temor do setor com custo Brasil

Para presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo, redução do ritmo de crescimento das vendas em março se deu em decorrência do efeito calendário


	Loja vende televisões: "Os aparelhos de TV estão sendo os maiores puxadores de vendas", disse presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo
 (Kevork Djansezian/Getty Images)

Loja vende televisões: "Os aparelhos de TV estão sendo os maiores puxadores de vendas", disse presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (Kevork Djansezian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 15h53.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ouviu de empresários ligados à indústria e ao setor varejista de eletroeletrônicos nesta segunda-feira, 17, um relatório positivo sobre o desempenho do segmento no primeiro trimestre.

O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), Flávio Rocha, disse ao ministro que a única preocupação do setor está relacionada às condições macroeconômicas do país e ao aumento do custo Brasil.

Rocha, que falou com a imprensa após a reunião com a Fazenda em São Paulo, disse que o IDV passou também ao ministro a prévia do Índice Antecedente de Vendas (IAV), que prevê para maio um crescimento superior a 10% das vendas de eletroeletrônicos.

Esse indicador, que antecede em até 90 dias o comportamento do setor, tem forte aderência ao levantamento mensal do comércio feito pelo IBGE.

Em abril, o indicador já havia superado os dois dígitos ao atingir a marca de 10,25%, deflacionado pelo IPCA. Em fevereiro, o indicador havia registrado crescimento de 6,5%, que representou uma expansão de 50% acima da média de 2013, e, em março, uma expansão de 3,5%.

De acordo com Rocha, a redução do ritmo de crescimento das vendas no terceiro mês do ano se deu em decorrência do efeito calendário, com menor número de dias úteis.

Para 2014, a previsão é de crescimento de 4,5%. De acordo com o presidente do IDV, o bom desempenho das vendas está atrelado à baixa taxa de desemprego e à antecipação das compras por causa da Copa do Mundo. "Os aparelhos de TV estão sendo os maiores puxadores de vendas", disse Rocha.

De acordo com ele, a reunião, que contou também com participação de representantes do Magazine Luiza, Telhanorte, Grupo Pão de Açúcar (GPA) e do setor eletros, teve como objetivo passar para o ministro o andamento do desempenho do setor no trimestre. "Do ponto de vista da demanda, do consumo, o varejo tem feito a sua parte, apesar do aumento da concorrência e do custo Brasil", disse Rocha. Segundo ele, o setor não apresentou nenhuma reivindicação ao ministro Mantega, mas alertou o ministro de que o atual patamar de juros encontra-se no limite do que o setor consegue absorver e que se houver novos aumentos da Selic o varejo começará a pensar em repasse para o consumidor.

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