Economia

Taxa de desemprego no Brasil tem leve alta em março

Segundo IBGE, taxa subiu para 5,7% no período, o menor nível para o mês de março

Operários trabalham na renovação do Estádio do Mineirão, que sediará jogos da Copa do Mundo 2014, em Belo Horizonte, em outubro de 2012 (Washington Alves/Reuters)

Operários trabalham na renovação do Estádio do Mineirão, que sediará jogos da Copa do Mundo 2014, em Belo Horizonte, em outubro de 2012 (Washington Alves/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 10h08.

Rio de Janeiro - O taxa de desemprego brasileiro aumentou ligeiramente no mês passado, a 5,7 por cento, ante 5,6 por cento em fevereiro, mas trata-se da menor nível histórico para março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

O resultado ficou abaixo do esperado em pesquisa da Reuters e igualou a menor projeção. A mediana das previsões de 25 analistas apontava para alta a 5,9 por cento, com as estimativas variando de 5,7 a 6,1 por cento. Apesar de ser o menor resultado para março, a taxa de desemprego foi a maior leitura registrada desde junho do ano passado (5,9 por cento).

O desemprego atingiu no fim do ano passado 4,6 por cento, menor patamar desde o início da série histórica, em 2002. Normalmente, a taxa sobe no início do ano, quando os temporários contratados para a época das festas são dispensados.

O IBGE informou ainda que rendimento médio da população ocupada caiu 0,2 por cento no mês passado ante fevereiro, ao atingir 1.855,40 reais, o que representou ainda alta de 0,6 por cento sobre março de 2012.

Já a população ocupada recuou 0,2 por cento em março na comparação com fevereiro e cresceu 1,2 por cento ante o mesmo período do ano anterior, totalizando 22,922 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas avaliadas.

A população desocupada, ainda segundo o IBGE, chegou a 1,373 milhão de pessoas em março, alta de 1,2 por cento ante fevereiro, mas queda de 8,5 por cento sobre um ano antes. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.

O desemprego se mantém em nível baixo no país, evidenciando que a recuperação frágil da economia vem tendo pouco impacto sobre o mercado de trabalho, que ajuda a manter a pressão sobre os preços num momento de forte preocupação com a inflação.

Na semana passada, o Banco Central destacou o nível elevado de inflação e a dispersão dos aumentos de preços ao decidir elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50 por cento, dando início a um ciclo de aperto monetário. O mercado de trabalho formal abriu, em março, 112.450 vagas, mas isso foi insuficiente para conter forte queda de 31 por cento do emprego no primeiro trimestre, registrando o pior desempenho em quatro anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Atualizado às 9h51min.

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