Economia

Ibama libera licença para a exploração do campo de Lula

A licença envolve as atividades de produção e escoamento na Bacia de Santos e tem validade até outubro de 2018


	Plataforma da Petrobras: o plano da Petrobras é iniciar a produção de petróleo neste último trimestre
 (André Valentim/EXAME.com)

Plataforma da Petrobras: o plano da Petrobras é iniciar a produção de petróleo neste último trimestre (André Valentim/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 09h37.

Brasília - A Petrobras recebeu autorização para iniciar a exploração de petróleo e gás no campo de Lula, na área de Iracema Sul, localizada no polo pré-sal da Bacia de Santos, no litoral do Rio de Janeiro. A licença, liberada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), envolve as atividades de produção e escoamento na Bacia de Santos - Etapa 1. A autorização tem validade até outubro de 2018.

O navio-plataforma (FPSO) Cidade de Mangaratiba, segundo informações da Petrobras, será conectado a oito poços produtores e oito injetores, tendo capacidade para produzir 150 mil barris de óleo e comprimir 8 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, além de armazenar 1,6 milhão de barris de petróleo.

A sigla FPSO (Floating Production Storage Offloading Unit) refere-se a navios-plataforma que têm capacidade de separar o petróleo do gás e da água durante o processo de produção, além de armazená-lo nos tanques de carga. Depois, essa carga é transferida para navios petroleiros, responsáveis pelo transporte.

O navio Cidade de Mangaratiba já tinha deixado o estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis, no dia 16 de agosto, rumo ao Campo de Lula. A exploração será feita a 240 km da costa, em águas com profundidade de 2.200 metros. O número de empregos diretos gerados na operação, de acordo com a companhia, é de 2,5 mil.

O plano da Petrobras é iniciar a produção de petróleo neste último trimestre do ano. A área de Iracema Sul, na concessão BM-S-11, é operada pela Petrobrás (65%), em parceria com a BG E&P (25%) e a Petrogal (10%). A construção da unidade foi feita pelo consórcio Schahin - Modec, com conteúdo local previsto de 65%.

Paulista

Duas semanas atrás, o Ibama já havia concedido a licença prévia para atividades de produção e escoamento de petróleo e gás no pré-sal na Bacia de Santos, em São Paulo. O empreendimento prevê a instalação até 2017 de 13 novos navios-plataforma nos blocos BM-S-9, BM-S-11 e na área da cessão onerosa, localizados entre 200 e 300 km de distância da costa. O empreendimento tem custo total estimado em R$ 120 bilhões.

A produção acumulada a partir do pré-sal, segundo a estatal, ultrapassou 360 milhões de barris de óleo equivalente. Entre 2010 e 2014, a média de produção diária dos reservatórios avançou de uma média de 42 mil barris por dia para 411 mil barris, registrados até maio deste ano. Esse volume atual corresponde a cerca de 20% do total produzido hoje e, de acordo com as projeções da companhia, chegará a 52% da produção de petróleo até 2018. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisIbamaIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoPré-sal

Mais de Economia

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética