Economia

Iata apura estabilidade no preço do querosene de avião

Os preços encerraram o mês com média de US$ 125 por barril, abaixo do recente pico registrado em agosto


	Aviões estacionados em aeroporto: o combustível é uma importante despesa das companhias aéreas, respondendo por cerca de 40% dos custos das empresas brasileiras
 (Getty Images)

Aviões estacionados em aeroporto: o combustível é uma importante despesa das companhias aéreas, respondendo por cerca de 40% dos custos das empresas brasileiras (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 11h40.

São Paulo - Os preços do querosene de aviação ficaram estáveis em outubro, encerrando o mês com média de US$ 125 por barril, informou nesta segunda-feira, 04, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).

"Os preços ainda estão elevados, dentro do intervalo dos últimos dois anos, mas permanecem levemente abaixo (4%) do recente pico (US$ 130/barril) registrado em agosto", destacou a associação.

A entidade explicou que os preços do combustível se mantiveram nos níveis atuais por causa do aumento na oferta de petróleo da Arábia Saudita, que contrabalançou a pressão de alta nos preços com a interrupção no abastecimento de alguns países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), bem como o fortalecimento da demanda de grandes consumidores como a China.

O combustível é uma importante despesa das companhias aéreas, respondendo por cerca de 40% dos custos das empresas brasileiras. Em meados do ano, a aceleração dos preços do querosene de aviação, aliado à desvalorização do real, gerou preocupação com a rentabilidade das companhias nacionais, que buscam reverter em 2013 os resultados negativos observados no ano passado.


Terceiro trimestre

Em seu relatório de monitoramento financeiro das aéreas, a Iata também destacou que os primeiros relatórios financeiros das empresas do setor referentes ao terceiro trimestre de 2013 indicam a continuação de uma performance financeira forte, como observada no segundo trimestre.

Historicamente o setor aéreo mundial registra a maior parte de seus lucros no segundo e terceiro trimestres, então são esperados resultados mais vigorosos neste período.

"A amostra é bem pequena (15 empresas), mas na América do Norte a melhoria na performance vista no primeiro semestre parece continuar no terceiro trimestre", diz a entidade, destacando que as empresas da região têm apresentado crescimento, na comparação com o ano passado tanto no lucro operacional como no lucro líquido, confirmando os benefícios estimados com a reestruturação e consolidação do setor.

Além desse movimento, a IATA salienta as melhorias nos yields das empresas norte-americanas frente o ano anterior, após um período de estagnação observado desde o início de 2012, por causa da melhora da demanda e da taxa de ocupação das aeronaves.

No Brasil, que tem sazonalidade diferente, a Gol deve apresentar seus resultados do terceiro trimestre no dia 12, enquanto a Latam, que controla a TAM, anuncia seus números um dia antes, em 11 de novembro.

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