Ministro da Economia, Paulo Guedes (Andressa Anholete/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 31 de maio de 2021 às 12h56.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira que a dívida pública fechará este ano próxima a 85% do PIB, em meio a uma melhora da arrecadação, e reiterou que o governo poderá estender o auxílio emergencial pago a vulneráveis durante a pandemia da Covid-19.
"Este ano (a relação dívida/PIB) deve cair para 85% ao final do ano, exatamente porque seguimos com a desalavancagem dos bancos públicos e o desinvestimento das empresas estatais. Essa transformação do Estado brasileiro prossegue", afirmou Guedes durante participação no evento Fórum de Investimentos Brasil 2021, promovido pelo governo.
Em abril, a dívida pública bruta ficou caiu a 86,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em abril, nível mais baixo desde julho do ano passado, ante 88,9% no mês anterior. O recuo de 2,2 pontos percentuais foi o mais acentuado na comparação mensal desde dezembro de 2010, segundo dados da Refinitiv.
Guedes repetiu que o governo está disposto a estender o auxílio emergencial, inicialmente previsto para ser pago em quatro parcelas neste ano, se necessário.
"Estamos atentos à pandemia, podemos estender o auxílio emergencial se a pandemia resistir ao nosso programa de vacinação em massa, mas sabemos também que temos de manter o compromisso fiscal, apenas os gastos relacionados à pandemia estarão fora do teto de gastos", disse o ministro.
Com a reforma tributária, o governo quer priorizar isenções que estimulem a economia verde e a digital, disse nesta segunda-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltando que o país vai se tornar "o centro da economia biossustentável" no mundo.
Sem comentar a crise hídrica que o país enfrente atualmente em meio a uma seca histórica que tem afetado a produção de energia das hidrelétricas, Guedes disse que não haverá mais incentivos do governo para a energia "suja".
"Vamos reindustrializar o Brasil em cima de energia barata", disse Guedes durante participação no Fórum de Investimentos Brasil 2021.
Ele também destacou a vocação da Amazônia para se tornar um centro de provisão de serviços para a economia do meio ambiente e afirmou que o Brasil quer atrair investimentos para esse processo.
"Sabemos que biofármacos, a energia digital, turismo, a economia verde, tudo isso vai girar em torno da região Amazônica. Queremos ajuda e investimentos de fora para construirmos juntos esse futuro digital e esse futuro verde", afirmou o ministro.