Greve paralisa exportação de grãos da Argentina
Greve nacional de quatro dias dos trabalhadores alfandegários exige melhores salários
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2014 às 12h02.
Buenos Aires - As exportações de grãos e seus derivados da Argentina foram paralisadas nesta quinta-feira devido a uma greve nacional de quatro dias iniciada por trabalhadores alfandegários, que exigem melhores salários, disse que a Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas (CAPyM, na sigla em espanhol).
O protesto do Sindicato Único Aduaneiro da Argentina ocorre num momento em que os agricultores argentinos continuam a enviar grandes quantidades diárias de soja e milho para portos do país, visando às exportações.
A Argentina é um dos principais exportadores de alimentos. Com uma alta taxa de inflação, que analistas estimam que poderia chegar a 40 por cento este ano, as greves para reivindicar salários tornaram-se comuns no setor de exportação agrícola, causando sucessivos atrasos nos embarques de produtos.
"Não há atividade nos portos de grãos. Tudo o que é exportação e importação pelo oceano vai esperar quatro dias", disse à Reuters Guillermo Wade, gerente da CAPyM.
A Argentina é o principal fornecedor mundial de óleo e farelo de soja. Também é o quarto exportador global de milho.
O protesto dos trabalhadores aduaneiros afeta particularmente a zona portuária de Rosário, que inclui os distritos de San Lorenzo, Puerto General San Martín e Timbúes, por onde são embarcados cerca de 80 por cento das exportações agrícolas do país.