Economia

Grécia nega que tenha pedido extensão do programa de resgate

Governo grego negou relatos de que o pedido enviado para o Eurogrupo seja extensão de acordo de resgate


	Crise do Euro: fonte ressaltou que o governo grego não usou os termos "extensão do resgate" em seu pedido
 (Getty Images)

Crise do Euro: fonte ressaltou que o governo grego não usou os termos "extensão do resgate" em seu pedido (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 11h50.

Atenas - O governo da Grécia negou relatos na mídia de que o pedido enviado para o Eurogrupo por uma extensão de seis meses em seu acordo de empréstimos com credores internacionais nesta quinta-feira seja uma extensão no atual acordo de resgate, afirmou uma fonte do governo à agência de notícias Market News International.

Ao ressaltar que o governo grego não usou os termos "extensão do resgate" em seu pedido, o dirigente explicou que o acordo amplo da ferramenta de assistência financeira, que é o acordo de crédito original assinado entre Grécia e seus credores em 2012 e teve ampliação em 2014, "é apenas reconhecido por sua parte de obrigações financeiras".

"Não há nada que você ainda não saída no pedido", disse o oficial. "O primeiro-ministro disse várias vezes que vai pagar nossos credores na íntegra... A condicionalidade que vem com a extensão será debatida entre a Grécia e as três instituições", a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE).

A fonte ressaltou a exclusão da palavra "Troica", que segundo ele não é mais usada pelas partes em negociação.

"Por que deveríamos? Não há lógica para isso", frisou, sublinhando que as negociações ocorrerão em níveis ministeriais e de liderança. "Haverá equipes técnicas, mas para o aspecto técnico das negociações. Tecnocratas não serão mais autorizados a ditar medidas para nós", acrescentou.

Ele alegou que já que a Grécia está sob um programa que haveria algum tipo de vigilância, mas a sua forma exata também será um produto de negociações entre a "Grécia e suas instituições".

O dirigente também disse que a condicionalidade da extensão é um produto das negociações em curso que, como ele disse, "seriam celebrados na sexta-feira" na reunião do Eurogrupo, em Bruxelas.

Questionado sobre relatos de que a Grécia se comprometeu a honrar todos os compromissos do acordo de empréstimo, sugerindo que aceita medidas e reformas anteriores, o dirigente disse que a carta "afirma claramente que haverá alterações e que o principal compromisso é para pagar os credores".

"Do nosso lado, como um gesto de boa vontade, nós nos comprometemos desde o último encontro do Eurogrupo em congelar todas as ações ou a implementação de medidas que poderiam ser consideradas 'decisões unilaterais'", disse. "Nada de novo sobre isso também."

Questionado sobre se a Grécia vai pedir ao Banco Central Europeu (BCE) que aceite títulos gregos como garantia de novo, se a prorrogação for firmada, ele respondeu: "Sim, esta é uma das nossas prioridades."

"Precisamos de tempo para discutir um plano viável e socialmente aceitável com os nossos parceiros. Financiamento ininterrupto vai ajudar essas conversas", acrescentou. Fonte: Market News International.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaCrises em empresasEmpréstimosEuropaGréciaPiigs

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto