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Governo reduz bloqueio orçamentário a R$7,6 bi

Brasília - O governo determinou um bloqueio de 7,6 bilhões de reais nas despesas orçamentárias do ano após rever suas projeções de receitas e gastos com base em novos parâmetros macroeconômicos, informou o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nesta quinta-feira. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia informado que o governo […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - O governo determinou um bloqueio de 7,6 bilhões de reais nas despesas orçamentárias do ano após rever suas projeções de receitas e gastos com base em novos parâmetros macroeconômicos, informou o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nesta quinta-feira.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia informado que o governo faria um bloqueio de 10 bilhões de reais no orçamento para esfriar a economia. Mas o relatório de reprogramação mostrou que parte desse corte --2,4 bilhões de reais-- é apenas uma reestimativa de despesas obrigatórias já previstas em itens como pessoal e encargos, e não propriamente um esforço de economia por parte do governo.

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A meta de superávit primário como proporção do Produto Interno Bruto não sofreu alterações, tendo sido mantida em 3,3 por cento do PIB. Isso porque a projeção de receitas do governo também caiu em relação à estimativa anterior, em 9,4 bilhões de reais.

Em termos nominais, a meta primária aumentou 758,3 milhões de reais, por conta da revisão para cima da projeção para o PIB.

Em sua revisão, o governo levou em conta um cenário econômico de maior crescimento e inflação mais elevada em 2010. O prognóstico de expansão do PIB foi aumentado para 5,5 por cento, ante estimativa anterior de 5,2 por cento.

A previsão de inflação pelo IPCA aumentou de 5,0 para 5,5 por cento e a pelo IGP-DI avançou de 5,91 para 9,14 por cento.

Apesar da alteração, a projeção para o PIB permanece bem abaixo do projetado pelo mercado, de alta de 6,3 por cento, segundo o relatório Focus, e também está na banda inferior da nova estimativa antecipada pelo Ministério da Fazenda.

O secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa, havia dito no início do mês que o governo reveria sua estimativa de crescimento para algo entre 5,5 e 6,5 por cento.

A estimativa do governo para a Selic média no ano passou de 8,70 para 9,19 por cento e a de câmbio médio foi de 1,82 para 1,79 real por dólar, ainda segundo a revisão orçamentária.

O detalhamento das despesas de 7,6 bilhões de reais a serem bloqueadas deve ser feito em decreto ainda a ser publicado.

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