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Governo quer mudanças para elevar rentabilidade das contas do FGTS

Regra atual determina a divisão de metade do lucro do FGTS do ano anterior entre os cotistas; proposta nova pode dividir tudo

Rentabilidade: Fundo de garantia costuma ser criticado por, em determinados períodos, acabar rendendo menos que a inflação (Priscila Zambotto/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de julho de 2019 às 07h40.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às 07h43.

O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse ontem que as mudanças no FGTS que o governo vai anunciar nesta semana não serão “repeteco” das anunciadas pelo governo Michel Temer porque terão impacto de “curto e longo prazos”.

Ele negou que o governo planeje mexer na multa de 40% sobre o fundo paga em demissões sem justa causa. Segundo o secretário, também serão anunciadas mudanças na remuneração do fundo.

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Regra aprovada por Temer determina a divisão de metade do lucro do FGTS no ano anterior entre os cotistas. No ano passado, a distribuição de resultados do FGTS de 2017 elevou a rentabilidade das contas de 3,8% para 5,59% ao ano. Agora, uma das hipóteses é dividir todo o lucro, segundo um integrante da equipe econômica.

Rodrigues afirmou que as mudanças não afetarão o financiamento de setores como construção civil e saneamento. Ele também negou que a liberação tenha um efeito de “voo de galinha”, tão criticado pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para o secretário especial de Fazenda, boa parte do problema fiscal do País decorreu de erros e de exageros em medidas para estimular demanda no curto prazo. “Agora buscamos medidas que permitam que o PIB cresça de maneira sustentável”, afirmou.

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