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Governo quer maior controle sobre derivativos

O governo se prepara para mais uma medida para aumentar o controle sobre os contratos de derivativos financeiros, instrumento usado por investidores para se proteger das oscilações do mercado e que, mal usado, gerou prejuízos bilionários a algumas companhias brasileiras em 2008. O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve avaliar nesta quinta-feira uma regra para obrigar […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

O governo se prepara para mais uma medida para aumentar o controle sobre os contratos de derivativos financeiros, instrumento usado por investidores para se proteger das oscilações do mercado e que, mal usado, gerou prejuízos bilionários a algumas companhias brasileiras em 2008. O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve avaliar nesta quinta-feira uma regra para obrigar o registro de todos os contratos desse tipo firmados no exterior e sobre os quais as autoridades brasileiras têm pouco ou nenhum conhecimento.

Dessa forma, a equipe econômica passará a ter conhecimento da exposição que empresas e bancos brasileiros têm no exterior em ativos como dólar, euro ou juros, entre outros. Desde o auge da crise, o Brasil tem alterado regras para aumentar o nível de conhecimento da posição que companhias e instituições financeiras têm nesse tipo de transação. A medida, que já estava em estudo, deve ser a última de uma série de decisões tomadas desde o fim de 2008.

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Foram os derivativos que, atrelados a empréstimos tomados no Brasil, geraram prejuízos bilionários a grandes companhias como Sadia e Aracruz. Apesar da medida, técnicos da área econômica afirmam que não há qualquer preocupação quanto à evolução dos contratos de derivativos no exterior.

Fonte afirma que ainda valem os cálculos apresentados no fim do ano passado pelo Banco Central de que, na média, empresas e bancos tomam cerca de US$ 35 milhões por mês em empréstimos que têm derivativos como uma das formas de remuneração. Desse valor, porém, nem todos usam do mecanismo de dupla indexação - juros e dólar -, característica que gerou os prejuízos às companhias brasileiras após a rápida desvalorização do real durante a crise.

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