Economia

Governo espera PIB entre 0,7% e 1,1%

O resultado do PIB pode ser a última notícia positiva sobre o crescimento econômico neste ano, acredita o governo


	Dilma: o governo avalia que o resultado do segundo trimestre mostrará a recuperação dos investimentos
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Dilma: o governo avalia que o resultado do segundo trimestre mostrará a recuperação dos investimentos (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 18h22.

Brasília - O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre pode ser a última notícia positiva sobre o crescimento econômico neste ano, na avaliação do governo.

Nos bastidores, integrantes da equipe de Dilma Rousseff acreditam que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar nesta sexta-feira, 30, uma aceleração em relação ao primeiro trimestre, quando o PIB cresceu 0,6%. Dada a incerteza, a equipe econômica prefere trabalhar com um amplo intervalo entre 0,7% e 1,1%.

Sobre o terceiro trimestre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, evita fazer projeções públicas. O máximo que sinalizou sobre o desempenho do PIB no restante do ano foi a redução de 3% para 2,5% na estimativa de crescimento para todo o ano de 2013.

Por outro lado, o governo avalia que o resultado do segundo trimestre mostrará a recuperação dos investimentos. Os dados apontam também que a indústria teve resultado positivo, consolidando o processo de recuperação gradual da economia brasileira.

Confirmada uma expansão maior do PIB no segundo trimestre, o Brasil estará entre os países com maior crescimento do G-20, segundo uma fonte da área econômica.

Embalada pela supersafra, a agricultura também deve ter bom desempenho. O resultado positivo do segundo trimestre antecipa um fim de ano menos favorável para o crescimento econômico, avaliam auxiliares de Dilma.

A ênfase no combate à inflação, "prioridade zero" no Palácio do Planalto, cobrou seu preço no nível geral da economia. Mas isso já estava nas contas do governo, diz uma autoridade. Entre combater inflação e turbinar o PIB, Dilma adotou a primeira opção.


O plano funcionou ancorado nos esforços do Banco Central para elevar a taxa básica de juros. E vinha bem, na avaliação oficial, até a cotação do dólar mudar de "banda" de variação. Agora, a moeda americana mais cara, embora ajude na exportação e no balanço de pagamentos, pode acelerar novamente a inflação.

A barreira "psicológica" da Selic em dois dígitos já não parece um tabu no Planalto. Ali, a projeção está mantida em 9,5% para dezembro. Mas, segundo essa avaliação, se a cotação do petróleo disparar, o BC terá um duplo desafio pela frente: segurar a carestia sem ultrapassar "o limite".

O IPCA-15, prévia da inflação de agosto, fechou em 6,15% no acumulado em 12 meses - em julho, o índice estava em 6,27%. Avaliações mais realistas ouvidas no Planalto apontam para um IPCA "ao redor" de 6% neste ano. Ainda é uma inflação bastante alta para um PIB estimado em "pouco mais de 2%" para dezembro. E para uma meta central de 4,5%.

Como 2013 já parece estar "dado", como se diz no jargão econômico, interessa ainda mais neste momento o cenário para 2014, ano de fortes pressões eleitorais.

As apostas do governo, são as concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Até porque os efeitos de um eventual sucesso no programa de infraestrutura estarão canalizados para 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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