Economia

Governo e empresas iniciam discussões para definir estímulos

De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o objetivo é construir um pacto pela competitividade no Brasil

Os ministros Aloizio Mercadante, Mauro Borges e Miriam Belchior participam de reunião sobre medidas de estímulo ao setor industrial (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os ministros Aloizio Mercadante, Mauro Borges e Miriam Belchior participam de reunião sobre medidas de estímulo ao setor industrial (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 13h05.

Brasília - Representantes do governo e do setor produtivo iniciaram hoje (19) as atividades dos grupos de trabalho que proporão medidas de estímulo para o empresariado.

As propostas devem ser entregues até a segunda semana de dezembro. De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o objetivo é construir um pacto pela competitividade no Brasil, com metas, prazos, objetivos e estratégias, e entregá-lo às equipes assumirão as diversas áreas do próximo governo.

Conforme Mercadante, os grupos trabalham em iniciativas que contemplam áreas de infraestrutura, desburocratização, comércio exterior, compras governamentais e inovação.

As discussões foram traçadas a partir de um documento com 42 sugestões para melhorar a competitividade da indústria, entregue em julho aos candidatos que disputavam a Presidência da República.

Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade disse que a expectativa é começar 2015 com propostas e novas medidas para mudar o perfil da indústria brasileira.

“Todos os temas que tratamos dizem respeito à competitividade. A intenção é que Brasil tenha ganhos na competitividade, de forma que o setor privado também possa competir lá fora, aumentando nossas exportações”, salientou.

Na cerimônia de abertura dos trabalhos, Aloizio Mercadante destacou o setor de energia. Para o ministro, é indispensável que o país possa crescer com oferta de energia e que dê especial atenção às biomassas e ao gás natural.

Ele também tratou da mobilidade urbana, sugerindo parcerias público-privadas, necessidade de mudanças na Lei de Licitações, para aumentar o controle e a eficiência, e do fortalecimento das agências reguladoras.

Mercadante ressaltou a importância de desburocratizar e reduzir o custo do investimento. “Podemos racionalizar, simplificar e desburocratizar a estrutura tributária”.

Segundo o ministro, os resultados dos grupos de trabalho devem ser objetivos. “Elegemos o que achamos estratégico e viável. Não adianta ficar fazendo reuniões. O governo precisa governar, resolver, entregar. Então, temos de concentrar para resolver e pactuar”, alertou.

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges lembrou a importância de se ter com a indústria uma agenda propositiva e não de “lamentação e crítica ao governo”.

“É uma agenda que olha para o futuro, ação conjunta entre governo e setor empresarial”, disse.

Para o presidente da Câmara de Políticas de Gestão e Desempenho da Competitividade, Jorge Gerdau é fundamental a mobilização de esforços para aumentar a competitividade do produto brasileiro.

“Perdemos preços pelo custo da logística. Temos um sistema tributário com impostos ainda cumulativos, juro caro. Em cenários de alta competição mundial, todos esses fatores obrigam o empresariado a buscar competitividade e eficiência”, assinalou.

Acompanhe tudo sobre:Aloizio MercadanteEmpresasGovernoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025