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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que o Brasil irá fazer um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "A avaliação conjunta [do governo brasileiro e do FMI] foi de que sim, há interesse de continuação do programa com o Fundo que deve ajudar o crescimento do Brasil", disse Levy a jornalistas nesta terça-feira (4/11)
A convite do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, a vice-diretora do FMI, Anne Kruegrer, chega nesta quarta-feira (5/11) ao Brasil para discutir os termos do novo acordo, que deverá ser finalizado ainda esta semana.
Carlos Langoni, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), acredita que o novo acordo trará uma proteção extra para o país. O Brasil terá uma linha de crédito potencial para usar quando precisar , afirmou ele à Agência Brasil.
Segundo o economista, a previsão é de que o risco país caia para 500 pontos, a partir do segundo semestre de 2004. Atualmente o índice que mede a confiança do investidor estrangeiro no Brasil está acima de 600 pontos. Temos reservas internacionais baixas para uma economia com elevada volatilidade de capitais. O acordo é um colchão de liquidez para casos de imprevistos na economia , diz Langoni.
Para Luiz Gonzaga Beluzzo, economista da Universidade de São Paulo (USP), o acordo com o FMI é necessário para trazer segurança para a economia brasileira. Infelizmente, do ponto de vista financeiro, o acordo é necessário porque o volume de compromissos externos do Brasil é muito grande e as reservas muito baixas , afirma Beluzzo. Segundo o economista, qualquer mudança no mercado internacional pode afetar a economia do país, se não houver um aumento das reservas por meio do novo acordo.