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Governo atrasa pagamentos do Minha Casa

Governo atrasou os pagamentos às empresas que constroem as habitações para melhorar as contas fiscais

Crianças brincam em Minha Casa, Minha Vida: objetivo do governo é tornar os dados fiscais de fevereiro "menos ruins", como definiu uma fonte da equipe econômica (Tânia Rêgo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 23h45.

Brasília - Para melhorar as contas fiscais, o governo atrasou neste início de ano os pagamentos às empresas que constroem as habitações destinadas às famílias de renda mais baixa inscritas no Minha Casa, Minha Vida .

No mesmo mês em que recebe a agência de classificação de risco Standard & Poors, que colocou a nota do País em xeque pela desconfiança em relação à política fiscal, a equipe econômica tem recorrido ao mesmo artifício que usou para fechar as contas do ano passado: segurar os repasses feitos aos bancos oficiais do dinheiro destinado a pagar as construtoras pelo andamento das obras.

O "Estado" ouviu dezenas de construtoras que atendem famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil (faixa 1). Sob a condição de anonimato, com medo de represálias do governo, os empresários foram unânimes em confirmar os atrasos, que chegam, em alguns casos, a um mês. O que impressionou o setor foi o governo represar os pagamentos no segundo mês do ano.

No fim do ano passado, foi a primeira vez, desde 2009 (quando o programa foi criado), que houve atrasos nos pagamentos às construtoras, mas os empresários achavam que a prática só seria usada para o fechamento das contas anuais.

O objetivo do governo, porém, é tornar os dados fiscais de fevereiro "menos ruins", como definiu uma fonte da equipe econômica. Diante da frustração da arrecadação no mês passado, e com a enorme pressão colocada pelo mercado financeiro e por investidores externos ao comportamento mensal dos dados fiscais, o governo se viu "forçado" a represar despesas.

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No mesmo mês em que recebe a agência de classificação de risco Standard & Poors, que colocou a nota do País em xeque pela desconfiança em relação à política fiscal, a equipe econômica tem recorrido ao mesmo artifício que usou para fechar as contas do ano passado: segurar os repasses feitos aos bancos oficiais do dinheiro destinado a pagar as construtoras pelo andamento das obras.

O "Estado" ouviu dezenas de construtoras que atendem famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil (faixa 1). Sob a condição de anonimato, com medo de represálias do governo, os empresários foram unânimes em confirmar os atrasos, que chegam, em alguns casos, a um mês. O que impressionou o setor foi o governo represar os pagamentos no segundo mês do ano.

No fim do ano passado, foi a primeira vez, desde 2009 (quando o programa foi criado), que houve atrasos nos pagamentos às construtoras, mas os empresários achavam que a prática só seria usada para o fechamento das contas anuais.

O objetivo do governo, porém, é tornar os dados fiscais de fevereiro "menos ruins", como definiu uma fonte da equipe econômica. Diante da frustração da arrecadação no mês passado, e com a enorme pressão colocada pelo mercado financeiro e por investidores externos ao comportamento mensal dos dados fiscais, o governo se viu "forçado" a represar despesas.

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