Economia

Governo ajusta projeções e prevê déficit nominal de 17,2% do PIB em 2020

Considerando uma retração do PIB de 4,7% este ano, a estimativa é de que a dívida bruta suba a 93,9% em 2020

A perspectiva agora é de que haja um rombo primário de 871 bilhões de reais para o governo central (FG Trade/Getty Images)

A perspectiva agora é de que haja um rombo primário de 871 bilhões de reais para o governo central (FG Trade/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 28 de setembro de 2020 às 11h44.

A equipe econômica divulgou nesta segunda-feira novas projeções fiscais para 2020, ajustando na margem suas expectativas e passando a prever um déficit nominal de 17,2% do Produto Interno Bruto (PIB), frente a 17% antes.

A perspectiva agora é de que haja um rombo primário de 871 bilhões de reais para o governo central (12,1% do PIB) este ano, e de 895,8 bilhões de reais para o setor público consolidado (12,5% do PIB).

Em 4 de setembro, esses déficits haviam sido calculados em 12,1% e 12,4% do PIB, respectivamente.

Os dados foram apresentados pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, em audiência pública no Congresso.

Considerando uma retração do PIB de 4,7% este ano, premissa que foi mantida do início do mês para cá, a estimativa é de que a dívida bruta suba a 93,9% em 2020 (94,6% antes), e que a dívida líquida vá a 67,8% do PIB (67,9% antes).

Waldery voltou a reforçar que é importante circunscrever os gastos extraordinários a este ano, e retomar a agenda de reformas. Segundo o secretário, o envio de uma nova perna da reforma tributária aos parlamentares será feito em breve, após deliberação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Acompanhe tudo sobre:Déficit públicoPIB

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor