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Remy Sharp
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É improvável que os indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a diretoria do Banco Central tomem posse a tempo da próxima reunião do Copom, quando podem ser dadas as primeiras sinalizações sobre o início do ciclo de corte de juros.

O Senado deve adiar as sabatinas do secretário executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, e do funcionário de carreira do BC Ailton Aquino para depois da reunião de junho, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto. Isso pode evitar ruídos no mercado em meio às expectativas de que Galípolo possa ser uma voz para pressionar por uma política monetária mais flexível, disseram as pessoas.

O BC, chefiado por Roberto Campos Neto, deve manter a Selic em 13,75% pela sétima vez consecutiva no encontro de 20 a 21 de junho. Mas pode dar uma indicação de quando planeja afrouxar a política monetária, já que a inflação desacelera.

Adiar a sabatina dos novos diretores evitaria a interpretação de pressão política na próxima reunião, segundo uma das pessoas, que pediu anonimato porque as discussões estão em andamento.

Detalhes

Os senadores votarão as nomeações após o feriado de Corpus Christi em 8 de junho, disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a jornalistas na quinta-feira. Eles ainda não marcaram a data da audiência, segundo Vanderlan Cardoso, presidente da comissão responsável pela aprovação.

Galípolo vem trabalhando para acalmar as tensões entre Campos Neto e Lula, que publicamente critica a atual política monetária e a chama de “absurda”. Junto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Galípolo passou os últimos meses levando as preocupações de Lula a Campos Neto.

O período de silêncio pré-Copom começa em 14 de junho, e os nomeados geralmente assumem os cargos antes dessa fase. Seria favorável para o governo ter Galípolo no BC a tempo da decisão de agosto, quando a maioria dos operadores aposta que começarão os cortes na Selic, de acordo com as fontes.

Últimas reuniões

Galípolo se reuniu nesta semana com um grupo de senadores, o primeiro de uma série de encontros com os responsáveis por sua aprovação – uma tradição para novos integrantes do BC.

Os senadores estão conduzindo as indicações “o mais rápido possível”, disse o senador Cardoso. “São dois cargos muito importantes que precisam ser preenchidos.”

Galípolo foi indicado para a diretoria de política monetária, cargo vago desde fevereiro e ocupado pelo atual diretor de política econômica, Diogo Guillen. Aquino é indicado para a diretoria de fiscalização.

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