Economia

G7 não deve pedir diretamente por estímulo para conter coronavírus

Conforme a epidemia provoca temores de uma recessão global, países divulgarão comunicado após teleconferência sobre como lidar com efeitos do coronavírus

Coronavírus na China: países do G7 vão prometer trabalhar juntos para mitigar o dano a suas economias devido à epidemia (Qilai She/Bloomberg)

Coronavírus na China: países do G7 vão prometer trabalhar juntos para mitigar o dano a suas economias devido à epidemia (Qilai She/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 3 de março de 2020 às 08h12.

Última atualização em 3 de março de 2020 às 08h13.

São Paulo — Os países do G7 vão demonstrar sua determinação em combater o impacto econômico do coronavírus mas não irão pedir diretamente novos gastos governamentais ou cortes coordenados de taxas de juros por bancos centrais, disseram nesta terça-feira duas autoridades do G7.

Conforme a epidemia provoca temores de uma recessão global, os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G7 divulgarão um comunicado após teleconferência marcada para 9h (horário de Brasília).

No comunicado, os países do G7 vão prometer trabalhar juntos para mitigar o dano a suas economias devido à epidemia, disse uma das autoridades do G7 à Reuters sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.

Outra fonte disse que os membros do G7 vão expressar sua determinação para uma ação coordenada conjunta se necessário, para limitar o impacto do coronavírus sobre a economia global. Ambas as fontes disseram que eles não irão pedir diretamente medidas fiscais e monetárias concretas no momento.

"Ainda estamos muito no começo do surto. E ainda não é possível prever como a epidemia vai se desenvolver. Então a impressão é de que ainda é muito cedo para tal medida", disse a segunda fonte.

A notícia decepcionou alguns investidores que esperavam mais medidas explícitas de suporte pelas principais potências industriais.

Stephen Innes, estrategista-chefe do AxiCorp, afirmou que tal mensagem do G7 não é o que os mercados esperavam.

"Nesse momento, não acho que o G7 esteja disposto a mostrar seu lado de estímulo e está segurando seus canhões fiscais para uma data posterior, quando puderem quantificar melhor o choque do lado da oferta do Covid19," disse Innes em nota, referindo-se à doença causada pelo vírus.

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