Economia

G20 propõe colchão para acabar com bancos grandes demais

Maiores bancos do mundo devem deter um colchão composto por títulos em caso de colapso, de modo que a ajuda do governo seja evitada


	G20: projeto de regulamentação é a mais recente investida de grande porte em reforma bancária apresentada pelos líderes mundiais
 (Pablo Martinez Monsivais/AFP)

G20: projeto de regulamentação é a mais recente investida de grande porte em reforma bancária apresentada pelos líderes mundiais (Pablo Martinez Monsivais/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 08h50.

Londres - Os maiores bancos do mundo devem deter um colchão composto por títulos em caso de colapso, de modo que a ajuda do governo seja evitada, segundo proposta feita pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), nesta segunda-feira.

O projeto de regulamentação é a mais recente investida de grande porte em reforma bancária apresentada pelos líderes mundiais desde a crise financeira de 2007-09, que forçou os contribuintes a socorrer credores subcapitalizados.

O FSB, formado por órgãos reguladores das principais economias mundiais (G20), informou que bancos globais como o Goldman Sachs e o HSBC devem ter um colchão de títulos ou patrimônio líquido equivalente de 16 a 20 por cento de seus ativos ponderados pelo risco a partir de janeiro 2019.

Os títulos seriam convertidos em capital para resgatar um banco atingido. O colchão completo incluiria os requisitos de capital mínimo obrigatório que os bancos já devem manter.

A proposta deve ser endossada pelos líderes do G20 ainda esta semana na Austrália. Ela está sendo posta para consulta pública até 2 de fevereiro de 2015.

O presidente do conselho do FSB e presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, disse que o colchão será finalizado no próximo ano, marcando um divisor de águas para o fim do conceito de bancos que são grandes demais para serem autorizados a quebrar.

A nova regra será aplicada a 30 bancos que o FSB considerou de importância sistêmica em nível mundial, embora, em princípio, aqueles de mercados emergentes sejam considerados isentos.

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