Economia

G-20 busca aprofundar alívio da dívida com coordenação da China

Quase 60% da dívida bilateral de nações mais pobres com pagamentos neste ano é devido ao gigante asiático, o que faz do país o maior credor oficial do mundo

Presidente da China, Xi Jinping, durante cúpula do g20 no Japão (Kevin Lamarque/Reuters)

Presidente da China, Xi Jinping, durante cúpula do g20 no Japão (Kevin Lamarque/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 13 de novembro de 2020 às 10h03.

Autoridades das maiores economias se reúnem na sexta-feira para acertar os detalhes de um plano de alívio da dívida para os países mais pobres atingidos pela pandemia de Covid-19. Ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 agendaram a reunião extraordinária para aprofundar os trabalhos iniciados no mês passado e tentar finalizar o plano antes da cúpula de chefes de governo na próxima semana. Autoridades da anfitriã Arábia Saudita presidirão as negociações.

A próxima fase da campanha de alívio visa em grande parte obter a adesão da China, o maior credor oficial do mundo: quase 60% da dívida bilateral de nações mais pobres com pagamentos neste ano é devida ao governo chinês. A China e outros países do G-20 suspenderam o pagamento da dívida de dezenas de países até pelo menos o primeiro semestre de 2021.

A iniciativa visa padronizar a forma como governos e credores comerciais reorganizam dívidas soberanas, buscando regras semelhantes para a China e o Clube de Paris, um grupo de credores governamentais em sua maioria ocidentais. O governo de Pequim também entrou em conflito com detentores de títulos privados em reestruturações recentes.

“A atenção é conseguir um acordo que a China possa apoiar”, disse Eric LeCompte, diretor executivo da Jubilee USA Network, um grupo sem fins lucrativos que defende o alívio da dívida para economias de menor porte. “Este tem sido um processo para incluir a China.”

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