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Fundo soberano norueguês volta a apostar no Brasil

No ano passado, a exposição em ativos do Brasil teve alta de 20% e o total chegou a 76 bilhões de coroas norueguesas, o equivalente a US$ 9,4 bilhões

Pessoas em Bergen, cidade da Noruega: em 2017, o fundo soberano da Noruega elevou a posição em ações de empresas brasileiras para o maior patamar desde 2000 (TT/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de maio de 2018 às 10h05.

São Paulo - O fundo soberano da Noruega , o maior do mundo, com mais de US$ 1 trilhão em ativos, aumentou a aposta no Brasil . No primeiro trimestre de 2018, títulos do governo brasileiro estão entre os que a carteira mais comprou, de acordo com relatório da instituição, administrada pelo Banco Central norueguês.

No ano passado, a exposição em ativos do Brasil teve alta de 20% e o total chegou a 76 bilhões de coroas norueguesas, o equivalente a US$ 9,4 bilhões, revertendo movimento do período da crise, quando o fundo reduziu a aposta no Brasil.

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Em 2017, o fundo soberano da Noruega elevou a posição em ações de empresas brasileiras para o maior patamar desde 2000, quando passou a comprar papéis na renda variável do País. A carteira tem comprado ações de diversas empresas que abriram o capital (IPO, na sigla em inglês) recentemente, como a resseguradora IRB Brasil Re, a companhia aérea Azul, a locadora de veículos Movida e a rede de restaurantes Burger King. Ao todo, o fundo soberano aplica em 133 empresas brasileiras, o equivalente a US$ 6,1 bilhões.

Na renda fixa, além de comprar títulos do governo brasileiro, o fundo da Noruega tem comprado papéis de empresas como a companhia aérea GOL, a petroquímica Braskem e a mineradora Vale. Os títulos públicos, porém, respondem por mais de 90% dos ativos. A carteira, criada pelo governo da Noruega nos anos 90, para absorver os recursos do petróleo, investe internacionalmente em ações, renda fixa e imóveis. Neste último segmento, não há aplicações no Brasil.

Perdas

No auge da recessão brasileira, o fundo soberano da Noruega teve prejuízos com os ativos do Brasil. Com isso, os gestores acabaram optando por reduzir os papéis brasileiros na carteira. Só em 2015, a exposição foi reduzida em 40%. Já em 2017, com a recuperação dos preços dos ativos, o País voltou a dar retornos expressivos ao fundo. Na renda fixa, por exemplo, o ganho foi de 16% em moeda local, o nível mais alto entre os principais mercados em que investe. Além disso, lucrou com a forte alta da bolsa brasileira.

Globalmente, 66,2% dos ativos do fundo norueguês estão aplicados em ações, 31,2% em renda fixa e 2,7% em imóveis. No primeiro trimestre, a carteira teve prejuízo, pela maior volatilidade no mercado financeiro internacional. Com isso, a carteira perdeu cerca de US$ 21 bilhões, sobretudo pela queda das bolsas no mundo, que provocou retorno negativo de 2,2%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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