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Fundamentos da economia estão razoáveis

Sobre reportagem da revista britânica The Economist intitulada Has Brazil blown up?, Batista acredita que país está apresentando recuperação progressiva

Paulo Nogueira Batista Jr: diretor do FMI citou como dado favorável a força do mercado de trabalho brasileiro, que vem apresentando números positivos, apesar da crise econômica mundial (Carol T. Powers/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 16h41.

Rio de Janeiro – O diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista, que representa o Brasil e mais dez países no órgão, disse hoje (26) que os fundamentos da economia brasileira estão razoáveis e que o ponto que merece mais atenção são as contas externas.

“Os [fundamentos] fiscais estão bastante razoáveis, a política monetária também, a regulação do sistema financeiro boa. No setor externo, a deterioração da conta corrente preocupa um pouco, mas as reservas são altas e a entrada de investimentos diretos é alta.

Então, eu diria que está razoável. Acho que tem de ficar de olho [nas contas externas], porque não convém ter déficit em conta corrente muito alto. É um ponto preocupante, mas não é alarmante”, avaliou Batista, que frisou estar declarando opinião própria, e não do fundo.

Batista participou do seminário Governança Financeira Depois da Crise, promovido pelo Multidisciplinary Institute on Development and Strategie (Minds) e o Levy Economics Institute.

Sobre a reportagem da revista britânica The Economist intitulada Has Brazil blown up? (Será que o Brasil estragou tudo?, em tradução livre), que foi às bancas hoje, questionando se o país fracassou na política econômica atual, depois de ter ido bem nos anos anteriores, Batista acredita que o país está apresentando recuperação progressiva.

“O Brasil passou por uma fase de grande sucesso, era moda e referência. Havia um certo exagero naquela época, até 2011. Agora houve uma reavaliação mais negativa e está indo para o extremo oposto. Acho que o Brasil está crescendo menos do que o esperado, menos do que pode crescer. Na verdade, a desaceleração de 2011 foi desejada e planejada pelo governo brasileiro, porque havia a percepção, correta, de que em 2010 o país estava superaquecendo. Houve medidas deliberadas para desaquecer a economia, isso provocou uma queda na taxa de crescimento, o que não foi surpresa. O que foi uma surpresa negativa foi a dificuldade de se recuperar em 2012 e em 2013. Mas eu creio que agora estamos vivendo uma recuperação mais clara, ainda incipiente, mas os dados estão mostrando que a economia está se reativando”, disse.

O diretor do FMI citou como dado favorável a força do mercado de trabalho brasileiro, que vem apresentando números positivos, apesar da crise econômica mundial, o que pode sinalizar um início de recuperação. “O mercado de trabalho é uma surpresa positiva nesse período todo.Apesar da desaceleração forte da economia, o mercado de trabalho continua forte. A taxa de desemprego aberta está bastante baixa, os salários continuam crescendo.O desempenho não é tão favorável quanto se esperava, mas eu acho que vem uma recuperação”, acrescentou.

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Rio de Janeiro – O diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista, que representa o Brasil e mais dez países no órgão, disse hoje (26) que os fundamentos da economia brasileira estão razoáveis e que o ponto que merece mais atenção são as contas externas.

“Os [fundamentos] fiscais estão bastante razoáveis, a política monetária também, a regulação do sistema financeiro boa. No setor externo, a deterioração da conta corrente preocupa um pouco, mas as reservas são altas e a entrada de investimentos diretos é alta.

Então, eu diria que está razoável. Acho que tem de ficar de olho [nas contas externas], porque não convém ter déficit em conta corrente muito alto. É um ponto preocupante, mas não é alarmante”, avaliou Batista, que frisou estar declarando opinião própria, e não do fundo.

Batista participou do seminário Governança Financeira Depois da Crise, promovido pelo Multidisciplinary Institute on Development and Strategie (Minds) e o Levy Economics Institute.

Sobre a reportagem da revista britânica The Economist intitulada Has Brazil blown up? (Será que o Brasil estragou tudo?, em tradução livre), que foi às bancas hoje, questionando se o país fracassou na política econômica atual, depois de ter ido bem nos anos anteriores, Batista acredita que o país está apresentando recuperação progressiva.

“O Brasil passou por uma fase de grande sucesso, era moda e referência. Havia um certo exagero naquela época, até 2011. Agora houve uma reavaliação mais negativa e está indo para o extremo oposto. Acho que o Brasil está crescendo menos do que o esperado, menos do que pode crescer. Na verdade, a desaceleração de 2011 foi desejada e planejada pelo governo brasileiro, porque havia a percepção, correta, de que em 2010 o país estava superaquecendo. Houve medidas deliberadas para desaquecer a economia, isso provocou uma queda na taxa de crescimento, o que não foi surpresa. O que foi uma surpresa negativa foi a dificuldade de se recuperar em 2012 e em 2013. Mas eu creio que agora estamos vivendo uma recuperação mais clara, ainda incipiente, mas os dados estão mostrando que a economia está se reativando”, disse.

O diretor do FMI citou como dado favorável a força do mercado de trabalho brasileiro, que vem apresentando números positivos, apesar da crise econômica mundial, o que pode sinalizar um início de recuperação. “O mercado de trabalho é uma surpresa positiva nesse período todo.Apesar da desaceleração forte da economia, o mercado de trabalho continua forte. A taxa de desemprego aberta está bastante baixa, os salários continuam crescendo.O desempenho não é tão favorável quanto se esperava, mas eu acho que vem uma recuperação”, acrescentou.

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