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Focus eleva projeção do IPCA em 2011 para 6,52%

A mediana das expectativas para o IPCA no próximo ano caiu de 5,42% para 5,39%, no terceiro recuo consecutivo. Há um mês, o número estava em 5,55%

Para os próximos 12 meses, a previsão suavizada para o IPCA caiu pela quarta semana seguida, de 5,44% para 5,40% (Divulgação/Banco Central)
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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 13h13.

Brasília - As projeções para a inflação apresentaram trajetórias opostas na pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central , com queda das previsões para 2012 e elevação para 2011. De acordo com as estimativas feitas semanalmente pelo mercado financeiro, a mediana das expectativas para o IPCA no próximo ano caiu de 5,42% para 5,39%, no terceiro recuo consecutivo. Há um mês, o número estava em 5,55%.

Para 2011, no entanto, economistas voltaram a elevar as previsões e a expectativa para o índice subiu de 6,50% para 6,52%. Com a alta, o número voltou a ficar em patamar acima do permitido pelo regime de metas de inflação, que tem como centro 4,5% e margem máxima de 6,50%.

O aumento das previsões para 2011 aconteceu porque a expectativa para o IPCA de dezembro - dado que será conhecido no início de janeiro - subiu de 0,50% para 0,53%. Em trajetória inversa, a aposta para a inflação do primeiro mês de 2012 recuou de 0,61% para 0,60%.

Para os próximos 12 meses, a previsão suavizada para o IPCA caiu pela quarta semana seguida, de 5,44% para 5,40%. Há um mês, quando os cortes começaram, a expectativa estava em 5,62%.

No grupo dos analistas que mais acertam na pesquisa do BC, o chamado "Top 5" a previsão para o IPCA em 2012 subiu pela segunda semana seguida, de 5,35% para 5,36%. Para 2011, o grupo manteve a aposta de inflação dentro da meta, mas bem perto do limite máximo: 6,48%. Há um mês, esses analistas trabalhavam com inflação de 5,43% em 2012 e 6,47% em 2011.


Os economistas também voltaram a reduzir as previsões para a inflação medida pelos IGPs em 2012. De acordo com a pesquisa, a mediana das estimativas para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) no próximo ano caiu de 5,19% para 5,03%. Em trajetória idêntica, a expectativa para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em 2012 recuou de 5,19% para 5,17%. Há um mês, analistas apostavam em altas de 5,20% e 5,29%, respectivamente para cada um dos dois indicadores.

Para 2011, a tendência foi idêntica e a aposta para o IGP-DI caiu de 5,65% para 5,38%. Há quatro semanas, analistas esperavam alta de 5,73%. Para o IGP-M, a previsão para este ano também recuou, de 5,64% para 5,58%, abaixo dos 5,75% previstos um mês atrás. O IGP-M é usado como referência para o reajuste em muitos contratos de aluguel e em algumas tarifas públicas.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o IPC-Fipe em 2012 foi em direção contrária e subiu de 5,21% para 5,22%, a quinta elevação seguida. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 5,14% para o índice. Para 2011, a previsão para a inflação ao consumidor em São Paulo também aumentou ligeiramente, de 5,68% para 5,69%, ante 5,59% observados quatro semanas atrás.

Economistas mantiveram ainda a estimativa para o aumento em 2012 do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - em 4,50% pela quinta semana seguida. Para 2011, a expectativa de alta seguiu em 6,00%, também pela quinta pesquisa consecutiva.

Selic

O mercado financeiro manteve a estimativa para o patamar do juro básico da economia brasileira (Selic) no fim de 2012. De acordo com a pesquisa Focus, a mediana das previsões para a taxa de juros ao final do próximo ano seguiu em 9,50% após duas semanas seguidas de queda das expectativas. Há um mês, o mercado ainda esperava juro de dois dígitos em 2012, de 10%.


Pelas contas do mercado financeiro, o BC deve manter o ritmo de cortes em 0,50 ponto porcentual nas reuniões marcadas para janeiro, março e abril de 2012. Com essa velocidade, a taxa Selic cairia dos atuais 11% para 9,50% no início do segundo trimestre do ano que vem.

No grupo dos analistas que mais acertam projeções na pesquisa do BC, o chamado Top 5, a previsão para o juro básico no fim do próximo ano é ainda mais agressiva já que esses analistas esperam 9% no fim de 2012 no cenário de médio prazo.

A pesquisa mostra ainda que a estimativa para a Selic média no decorrer de 2012 manteve-se em 9,69% ante 10,06% previstos há um mês.

PIB

A previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano caiu mais uma vez. Segundo a pesquisa semanal, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 - índice que mede o tamanho e a evolução da economia - recuou pela quarta semana seguida, passando de 2,97% para 2,92%. Há um mês, o mercado previa expansão mais forte da economia em 2011, de 3,16%.

Para 2012, porém, os números não foram alterados. De acordo com o levantamento, a mediana das expectativas para a expansão manteve-se em 3,40%, ante os 3,50% registrados quatro semanas antes.

Em linha com a economia mais fraca neste ano, as projeções para o desempenho do setor industrial também pioraram. Para 2011, a expectativa de expansão do setor caiu de 0,93% para 0,82%, na sétima redução seguida registrada pela pesquisa. Há um mês, o mercado apostava em avanço industrial de 1,37%. Para 2012, os números não foram alterados e analistas mantiveram a previsão de expansão de 3,46%, ante 3,68% de um mês atrás.

Na pesquisa, analistas também não alteraram a previsão para o comportamento do indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o tamanho da economia. Para 2012, foi mantida a expectativa de que a dívida deve ficar em valor correspondente a 38% do PIB, número repetido há 26 semanas. Para 2011, a projeção seguiu em 38,50%, ante 38,60% de um mês atrás.

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Brasília - As projeções para a inflação apresentaram trajetórias opostas na pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central , com queda das previsões para 2012 e elevação para 2011. De acordo com as estimativas feitas semanalmente pelo mercado financeiro, a mediana das expectativas para o IPCA no próximo ano caiu de 5,42% para 5,39%, no terceiro recuo consecutivo. Há um mês, o número estava em 5,55%.

Para 2011, no entanto, economistas voltaram a elevar as previsões e a expectativa para o índice subiu de 6,50% para 6,52%. Com a alta, o número voltou a ficar em patamar acima do permitido pelo regime de metas de inflação, que tem como centro 4,5% e margem máxima de 6,50%.

O aumento das previsões para 2011 aconteceu porque a expectativa para o IPCA de dezembro - dado que será conhecido no início de janeiro - subiu de 0,50% para 0,53%. Em trajetória inversa, a aposta para a inflação do primeiro mês de 2012 recuou de 0,61% para 0,60%.

Para os próximos 12 meses, a previsão suavizada para o IPCA caiu pela quarta semana seguida, de 5,44% para 5,40%. Há um mês, quando os cortes começaram, a expectativa estava em 5,62%.

No grupo dos analistas que mais acertam na pesquisa do BC, o chamado "Top 5" a previsão para o IPCA em 2012 subiu pela segunda semana seguida, de 5,35% para 5,36%. Para 2011, o grupo manteve a aposta de inflação dentro da meta, mas bem perto do limite máximo: 6,48%. Há um mês, esses analistas trabalhavam com inflação de 5,43% em 2012 e 6,47% em 2011.


Os economistas também voltaram a reduzir as previsões para a inflação medida pelos IGPs em 2012. De acordo com a pesquisa, a mediana das estimativas para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) no próximo ano caiu de 5,19% para 5,03%. Em trajetória idêntica, a expectativa para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em 2012 recuou de 5,19% para 5,17%. Há um mês, analistas apostavam em altas de 5,20% e 5,29%, respectivamente para cada um dos dois indicadores.

Para 2011, a tendência foi idêntica e a aposta para o IGP-DI caiu de 5,65% para 5,38%. Há quatro semanas, analistas esperavam alta de 5,73%. Para o IGP-M, a previsão para este ano também recuou, de 5,64% para 5,58%, abaixo dos 5,75% previstos um mês atrás. O IGP-M é usado como referência para o reajuste em muitos contratos de aluguel e em algumas tarifas públicas.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o IPC-Fipe em 2012 foi em direção contrária e subiu de 5,21% para 5,22%, a quinta elevação seguida. Há um mês, a expectativa dos analistas era de alta de 5,14% para o índice. Para 2011, a previsão para a inflação ao consumidor em São Paulo também aumentou ligeiramente, de 5,68% para 5,69%, ante 5,59% observados quatro semanas atrás.

Economistas mantiveram ainda a estimativa para o aumento em 2012 do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - em 4,50% pela quinta semana seguida. Para 2011, a expectativa de alta seguiu em 6,00%, também pela quinta pesquisa consecutiva.

Selic

O mercado financeiro manteve a estimativa para o patamar do juro básico da economia brasileira (Selic) no fim de 2012. De acordo com a pesquisa Focus, a mediana das previsões para a taxa de juros ao final do próximo ano seguiu em 9,50% após duas semanas seguidas de queda das expectativas. Há um mês, o mercado ainda esperava juro de dois dígitos em 2012, de 10%.


Pelas contas do mercado financeiro, o BC deve manter o ritmo de cortes em 0,50 ponto porcentual nas reuniões marcadas para janeiro, março e abril de 2012. Com essa velocidade, a taxa Selic cairia dos atuais 11% para 9,50% no início do segundo trimestre do ano que vem.

No grupo dos analistas que mais acertam projeções na pesquisa do BC, o chamado Top 5, a previsão para o juro básico no fim do próximo ano é ainda mais agressiva já que esses analistas esperam 9% no fim de 2012 no cenário de médio prazo.

A pesquisa mostra ainda que a estimativa para a Selic média no decorrer de 2012 manteve-se em 9,69% ante 10,06% previstos há um mês.

PIB

A previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano caiu mais uma vez. Segundo a pesquisa semanal, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 - índice que mede o tamanho e a evolução da economia - recuou pela quarta semana seguida, passando de 2,97% para 2,92%. Há um mês, o mercado previa expansão mais forte da economia em 2011, de 3,16%.

Para 2012, porém, os números não foram alterados. De acordo com o levantamento, a mediana das expectativas para a expansão manteve-se em 3,40%, ante os 3,50% registrados quatro semanas antes.

Em linha com a economia mais fraca neste ano, as projeções para o desempenho do setor industrial também pioraram. Para 2011, a expectativa de expansão do setor caiu de 0,93% para 0,82%, na sétima redução seguida registrada pela pesquisa. Há um mês, o mercado apostava em avanço industrial de 1,37%. Para 2012, os números não foram alterados e analistas mantiveram a previsão de expansão de 3,46%, ante 3,68% de um mês atrás.

Na pesquisa, analistas também não alteraram a previsão para o comportamento do indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o tamanho da economia. Para 2012, foi mantida a expectativa de que a dívida deve ficar em valor correspondente a 38% do PIB, número repetido há 26 semanas. Para 2011, a projeção seguiu em 38,50%, ante 38,60% de um mês atrás.

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