Steven Mnuchin: o secretário salientou que não há um critério específico para a escolha da vice-presidência do BC americano (Michele Tantussi/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de novembro de 2017 às 16h18.
São Paulo - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou, em entrevista para a rede de televisão Bloomberg que, após a decisão do presidente americano, Donald Trump, por Jerome Powell como próximo diretor do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), o governo agora está atento para preencher as outras vagas pendentes na instituição, como a de vice-presidente.
Segundo Mnuchin, o presidente esteve "extremamente envolvido" na escolha da presidência do Fed e o objetivo agora é preencher as vagas restantes "rapidamente".
O secretário ainda salientou que não há um critério específico para a escolha da vice-presidência do BC americano e comentou que acha que a atual no comando, Janet Yellen, ainda não decidiu se irá ficar na instituição.
Yellen permanece como presidente do banco central dos EUA até fevereiro de 2018.
Questionado sobre a valorização do dólar no mercado financeiro, Mnuchin disse que preferia não comentar, mas sugeriu que a alta ocorreu, em parte, pelo fortalecimento da economia e que há preocupações de curto prazo sobre o impacto do câmbio no comércio.
"A prioridade do governo no momento é obter um comércio justo e recíproco, um dos exemplos é a China, país em que Trump está agora", disse.
O secretário do Tesouro ainda comentou sobre o aumento do teto da dívida e defendeu novamente o fim da legislação de saúde. Ele estima um aumento do teto da dívida até dezembro.
"O governo consegue se financiar pelo menos até janeiro. Acabar com a lei de saúde liberaria muito dinheiro", disse.
Sobre os projetos de reforma tributária na Câmara dos Representantes e no Senado, ambos em andamento, Mnuchin disse que a preferência do governo é iniciar o corte no imposto corporativo de 35% para 20% em 2018, como proposto pelos congressistas republicanos.
Já os senadores devem adotar como plano a realização do corte apenas em 2019.