Macri: a taxa de desemprego se encontra em 9,3% e a pobreza atinge um em cada três argentinos (Elza Fiuza/ Agência Brasil/Fotos Públicas/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2016 às 18h57.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira (29) que a economia argentina tem dado sinais de recuperação nos últimos meses, apesar dos indicadores que apontam recessão.
"Vimos avanços muito importantes", disse o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Alejandro Werner, em Buenos Aires.
Werner integra a missão técnica do organismo que realiza na Argentina uma revisão do funcionamento da economia em cumprimento ao artigo IV do organismo.
Esse artigo estabelece revisões periódicas em todos os países-membros, embora o país sul-americano não as permita desde 2006.
"Concordamos com a visão apresentada pelo ministro (do Interior Rogelio) Frigerio sobre a recuperação pela qual o país está atravessando nos últimos meses e as projeções para o ano que vem, com um crescimento positivo da economia argentina", disse Werner.
A terceira economia latino-americana se encontra em recessão, com uma tendência confirmada pelo Indec na última terça (27) ao registrar uma queda de 5,9% em julho na comparação anual.
A taxa de desemprego se encontra em 9,3% e a pobreza atinge um em cada três argentinos (32,2%), enquanto há 1,7 milhão de indigentes, revelam indicadores divulgados nesta quarta-feira (29).
A inflação supera 40% em média, embora as projeções oficiais apontem que ela ficará em torno de 17% em 2017.
O mercado interno está deprimido com uma queda do consumo de 7,4% em agosto, enquanto os sindicatos negociam medidas de emergência sob ameaça de greve geral.