Portugal: a instituição também elogiou o país por sua "forte implementação de programas" (Jamie McDonald/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2012 às 20h28.
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta segunda-feira um desembolso de 1,48 bilhão de euros para Portugal, como parte do resgate internacional de 78 bilhões de euros ao país, e pediu que continue implementando políticas fortes e reformas para que recupere o acesso aos mercados de capitais.
"Será importante manter o comprometimento com fortes medidas políticas e reformas estruturais para fomentar o crescimento sustentável, especialmente por meio de reformas no mercado de trabalho e no mercado de produtos, para fortalecer as dinâmicas de dívida e para recuperar o acesso aos mercados", disse o FMI em nota.
A instituição afirmou que a meta fiscal para o final de 2012 continua "ao alcance" de Portugal, mas alertou que a redução das receitas significa um aumento nos riscos de que o país não atinja os objetivos do déficit orçamentário.
Portugal atingiu a meta do ano passado para o déficit orçamentário, de 5,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano, o país precisa registrar um déficit orçamentário de 4,5 por cento do PIB e, no ano seguinte, apenas 3 por cento.
O FMI exigiu "uma supervisão dos desdobramentos e esforços contínuos para fortalecer as obrigações fiscais".
A instituição também elogiou Portugal por sua "forte implementação de programas", apesar das restrições impostas pela crise de dívida da zona do euro. Apontou, além disso, que reformas para impulsionar a competitividade e o crescimento em Portugal têm importância crítica.
Uma recente expansão acentuada do desemprego destacou a necessidade de mais reformas em políticas voltadas para o mercado de trabalho, adicionou o FMI.
Mais cedo neste mês, a Comissão Europeia disse que Lisboa terá de elaborar novos planos de cortes de custos para o ano que vem após o tribunal constitucional do país decidir que cortes salariais a funcionários civis não podem ser aplicados apenas ao setor público.