Economia

FMI aprova acordo de ajuda à Argentina de US$ 7,5 bilhões para enfrentar desafios econômicos

O texto diz que o acordo está sujeito à implementação contínua das ações de política acordadas

FMI: órgão considera que, desde a revisão de 31 de março, a situação econômica do país "tem se tornado mais desafiadora" (Yuri Gripas/Reuters)

FMI: órgão considera que, desde a revisão de 31 de março, a situação econômica do país "tem se tornado mais desafiadora" (Yuri Gripas/Reuters)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 28 de julho de 2023 às 12h44.

Última atualização em 28 de julho de 2023 às 13h51.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou comunicado nesta sexta-feira, 28, no qual afirma haver um acordo em nível de "pessoal técnico" sobre a quinta e a sexta revisões combinadas do acordo de ajuda para a Argentina.

O texto diz que o acordo está sujeito à implementação contínua das ações de política acordadas e à aprovação do diretório executivo do Fundo, que deve se reunir na segunda quinzena de agosto.

"Uma vez completadas as revisões quinta e sexta, a Argentina terá acesso ao redor de US$ 7,5 bilhões. Espera-se que a próxima revisão ocorra em novembro", acrescenta o comunicado.

O FMI considera que, desde a revisão de 31 de março, a situação econômica do país "tem se tornado mais desafiadora", com impactos da seca, bem como por "desvios e atrasos nas políticas" e impacto maior que o antecipado na receita com exportações e fiscal. A intenção do pacote é reconstruir as reservas e melhorar a sustentabilidade fiscal do país, protegendo a infraestrutura crítica e o gasto social.

A declaração do FMI sobre o tema é assinada por Luis Cubeddu, diretor-adjunto do Departamento do Hemisfério Ocidental, e Ashvin Ahuja, chefe de missão para a Argentina.

Acordo final

O Fundo aponta que houve "derrapadas" e atrasos nas metas políticas antes acordadas, o que têm levado a uma demanda doméstica forte e a uma balança comercial mais fraca, com isso não foram atingidos os critérios almejados para o balanço fiscal primário e o financiamento monetário do déficit fiscal.

Houve também a introdução de novas medidas temporárias administrativas no câmbio, inclusive nos últimos dias, o que leva a que não sejam observadas várias medidas para práticas cambiais, por isso será preciso haver modificações em metas, destaca o texto.

O FMI diz que o fortalecimento e a harmonização do regime cambial continuam a ser fundamentais para melhorar de modo duradouro a cobertura de reservas e a estabilidade externa do país.

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