Economia

FMI aconselha Espanha a moderar a austeridade

"O retorno ao crescimento exigirá um caminho mais gradual de saneamento orçamentário e implantação de reformas para gerar emprego", disse o porta-voz William Murray


	Espanha: governo do país se comprometeu a empreender uma série de amplos cortes para reduzir seu déficit público a 4,5% do (PIB) este ano.
 (AFP/ Philippe Huguen)

Espanha: governo do país se comprometeu a empreender uma série de amplos cortes para reduzir seu déficit público a 4,5% do (PIB) este ano. (AFP/ Philippe Huguen)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 17h40.

Washington - A Espanha deve reduzir "progressivamente" seu déficit orçamentário se quiser impulsionar novamente seu crescimento, disse nesta quinta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI), em um momento em que o país está submetido a um ajuste sem precedentes.

"O retorno ao crescimento exigirá um caminho significativamente mais gradual de saneamento orçamentário junto à implantação de reformas estruturais que possam gerar emprego", declarou um porta-voz do Fundo, William Murray, em coletiva de imprensa.

O governo espanhol se comprometeu a empreender uma série de amplos cortes para reduzir seu déficit público a 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, após 6,7% de 2012 e 9,4% em 2011.

"A Espanha tomou duras e amplas medidas de reforma, mas a recessão está se aprofundando, o desemprego é muito alto e as condições financeiras continuam sendo frágeis", informou o FMI.

Grande defensor da ortodoxia orçamentária, o Fundo suavizou recentemente sua doutrina após ter admitido que subestimou os efeitos da austeridade sobre o crescimento na zona do euro.

No quarto trimestre de 2012, a recessão na Espanha se agravou, com uma queda do PIB de 0,8% em relação ao trimestre precedente.

Em fevereiro, o número de desempregados na Espanha ultrapassou os cinco milhões de pessoas pela primeira vez, ou 26% da população ativa.

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