Economia

Fiesp: não faz sentido BC elevar juro agora

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que não faz sentido o Banco Central elevar as taxas de juros agora porque a inflação está sob controle e não há inflação de demanda. "É um total absurdo subir os juros agora. As indústrias têm conforto de capacidade instalada […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que não faz sentido o Banco Central elevar as taxas de juros agora porque a inflação está sob controle e não há inflação de demanda. "É um total absurdo subir os juros agora. As indústrias têm conforto de capacidade instalada pois o nível de produção ainda é inferior ao patamar registrado em setembro de 2008, quando eclodiu a crise financeira internacional.

Segundo Skaf, o nível de utilização da capacidade instalada da indústria não aponta sinais de gargalos. "Além de haver folga para a fabricação de mercadorias em diversos segmentos empresariais, as empresas mantiveram investimentos no ano passado", afirmou. Para 2010, ele prevê que os investimentos vão subir ainda mais e podem crescer perto de 20%, o que deve ampliar a capacidade de fabricação de mercadorias pelas empresas.

Skaf confirmou que, amanhã às 15 horas, será recebido pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na sede da instituição oficial em São Paulo. "Vou tentar sensibilizá-lo para o fato de que não há necessidade de aumento de juros. Nós precisamos é de demanda e a elevação dos juros provoca despesas para o setor produtivo e também para as contas públicas, pois nos últimos 12 meses o governo gastou cerca de R$ 165 bilhões no pagamento de juros", comentou. "A quem interessa o aumento de juros agora?" Segundo o presidente da Fiesp, nada justifica o início do aperto monetário agora.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne para decidir a taxa Selic (juro básico da economia), hoje em 8,75% ao ano.

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